Distrito Federal deve ter novo Aeroporto em Sobradinho

O Distrito Federal deverá ganhar um novo aeroporto, voltado somente para a aviação executiva, nos próximos meses.

A construtora Andrade Gutierrez aguarda apenas um decreto presidencial que vai autorizar a exploração comercial de aeroportos privados para retirar o projeto, previsto para ser publicado no próximo mês,do papel.

O novo terminal será construído em Sobradinho com um orçamento inicial de R$ 120 milhões. A área total do empreendimento chega a 138 hectares e precisa de poucos trabalhos de terraplenagem. O projeto, que foi apresentado há algumas semanas para o governo, prevê uma pista com 1,8 mil metros.

Assim que a empresa conseguir a autorização para a construção, as obras serão iniciadas e o aeroporto poderá ficar pronto a tempo da Copa de 2014, já que a construtora estima que a obra seja concluída em 20 meses assim que for iniciada.

Além da atividade aeroportuária, o empreendimento contemplará ainda uma série de serviços considerados "acessórios", como a instalação de um restaurante, espaço para eventos e um pequeno hotel, voltado mais para a tripulação do que para os passageiros.

A ideia do aeroporto exclusivo para aviação executiva é o primeiro grande projeto que surge para a aviação geral (que engloba de modernos jatos executivos a pequenos aviões particulares usados como lazer) fora de São Paulo.

A ideia do terminal surgiu depois que a empresa Andrade Gutierrez constatou que 13% do movimento do Aeroporto Internacional Juscelino Kubistscheck, o equivalente a quase 25 mil pousos e decolagens por ano, são da aviação executiva.

O índice aponta que, mesmo com a expansão das operações previstas pela concessionária Infraamérica, que assumiu a administração do JK após a privatização, há uma perspectiva de esgotamento do aeroporto para jatinhos particulares. E o novo terminal poderá servir como uma alternativa.

Após a edição do decreto presidencial, a empresa interessada em construir o aeroporto no DF precisará obter ainda licenciamento ambiental e aval do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, atestando que não há incompatibilidade com o tráfego do aeroporto de Brasília.

O Brasil tem atualmente dezenas de aeroportos privados de pequeno porte que estão impedidos de atuar comercialmente porque os donos são proibidos de cobrar taxas de pouso e decolagem.