Síria afirma que enviado especial deve aderir ao plano da ONU

A chancelaria síria afirmou nesta segunda-feira (20) que o enviado especial da ONU, Lakhdar Brahimi, deverá aderir ao marco predeterminado de sua missão, aprovada pelo governo, ao acolher o plano de seis pontos de Kofi Annan.

Segundo a agência SANA, uma fonte do Ministério de Relações Exteriores comentou as declarações atribuídas ao novo enviado especial, que fizeram eco em alguns meios de comunicação, e disse que "não é da competência de nenhum Estado ou parte ou enviado especial da ONU falar sobre quem lidera a Síria, já que o povo sírio é quem decide isso, de acordo com a constituição do país".

Ainda assim, sublinhou que se Brahimi deseja garantir o êxito de sua missão e contar com o apoio do governo local, deverá seguir à risca o marco predeterminado de sua missão, que foi aprovado pela Síria, e trabalhar seriamente para conseguir compromissos claros de parte dos países que dão apoio aos grupos terroristas armados.

Essas nações, observou a fonte ministerial, devem "deixar de intervir nos assuntos internos da Síria, que está considerado como pedra angular de nosso empenho conjunto para deter a violência, qualquer que seja a sua fonte".

Esclareceu de que o fato de falar sobre a existência de uma guerra civil no país não tem nada a ver com a realidade e o que está acontecendo "são crimes de terrorismo perpetrados por grupos takfiris armados, apoiados por países conhecidos".

Fonte: Prensa Latina