A mídia mentiu sobre a deserção do vice-presidente sírio

O desmentido oficial da deserção do vice-presidente sírio, Faruq Aal-Shara, evidencia que a difusão dessa noticia é parte do desespero dos opositores diante das derrotas bélicas em várias províncias do país, estimam comentaristas políticos.

O governo desmentiu as versões ocidentais sobre a deserção de Al-Shara, difundida pela TV árabe Al-Arabiya, cuja informação foi usada por vários meios de comunicação ocidentais.

Um comunicado de Al-Shara assinalou que em nenhum momento pensou em sair do país e que realiza suas atividades com normalidade.

Segundo um informe da agência síria de noticias Sana, o número dois do governo do presidente Bashar Al-Assad trabalha desde o começo da crise, sobretudo desde a Reunião de Consulta realizada em Damasco com as diferentes partes para deter o derramamento de sangue no país.

Uma análise publicada pelo diário espanhol El Mundo, considera que quando um bando apela a esses recursos é porque quer prejudicar o outro lado por meio da propaganda, pois não está conseguindo êxitos no cenário bélico propriamente dito.

Nesse caso, temos a busca desesperada de uma figura que possa ser apresentada como alternativa depois da agressão, caso consigam eliminar o governo, opinam fontes consultadas pela agência Prensa Latina.

Enquanto isso, o presidente Assad recebeu no sábado (18) um telegrama do Primeiro Juiz da Sharia em Damasco, Ahmad Armush, no qual informa que o Tribunal da Sharia constatou que o primeiro dia da Festa do Ramadan para o ano 1433 da Hégira é neste domingo, 19 de agosto.

Nesse sentido, a televisão local passou neste domingo as imagens da participação do mandatário, do gabinete ministerial, dirigentes da Assembleia do Povo e outras personalidades na oração da manhã pelo início das festas do final do jejum do Ramadan.

A situação em Damasco era calma no início da manhã de domingo e em alguns pontos da cidade os sírios desfrutavam um ambiente festivo e alegre, embora haja pouco tráfego poucos pedestres nas ruas e que é reflexo do ambiente de violência que reina em várias províncias.

Na área rural de Damasco ainda ocorrem enfrentamentos contra os bandos armados.

A situação é mais crítica em províncias como Alepo, Homs e Daraa, onde nos últimos dias houve duras batalhas, que resultaram na aniquilação dos bandos armados formados por terroristas e mercenários da oposição com apoio externo.

Prensa Latina