Distorção dos fatos na Síria inclui morte de jornalistas

Um jornalista, chefe do Departamento de Notícias Internas da Agência Árabe-Síria de Notícias, Sana, foi morto por grupos armados em Damasco, capital da Síria. Segundo a própria agência de notícia, Ali Abbas morreu em sua casa, após ser invadida pelo grupo na tarde de sábado em sua residência, na cidade de Yededet Artouz, localizada cerca de 15 quilômetros a sudoeste de Damasco.

Nos últimos dias, um apresentador de televisão profissional de um programa bem conhecido no país foi decapitado após ser sequestrado por grupos que vêm sendo rotulados como terroristas.

Na sexta-feira, um grupo armado sequestrou, em Al Tal, cerca de 30 quilômetros a nordeste de Damasco, uma equipe da televisão síria Ikhbariya, informou o porta-voz da rede.

Imad Sarah, gerente da estação, disse que os repórteres foram sequestrados enquanto cobriam o desenvolvimento dos acoontecimentos nessa área. Há algumas semanas, os estúdios, situados a 25 quilômetros da capital, já haviam sido atacados, quando morreram três jornalistas e quatro seguranças mortos e causando danos consideráveis às instalações.

Enquanto isso, na cidade de Alepo, ao norte do país, reportou-se a intenção de grupos insurgentes de atacar e tomar as intalações da emissora. A equipe da al Ikhbarriya é integrada pela jornalista Yara al saleh-Abbbas, um operador de câmera e outras duas pessoas.

Desde que teve início a crise na Síria os meios de imprensa, tanto locais como internacionais, convertetam-se em alvo dos armados, para tentar silenciar a informação sobre o que realmente acontece no país.

A Síria é alvo de uma intensa campanha midiática que distorce e fabrica uma realidade que não corresponde aos fatos, e na qual participam centros de inteligência ocidentais e árabes, com o respaldo de meios de comunicação como a al-Jazeera, al-Arabiya, BBC, CNN e outras grandes redes internacionais.

Visita da ONU

A chefe de assuntos humanitários da Organização das Nações Unidas (ONU), Valerie Amos, visitará a Síria e o Líbano durante três dias a partir de terça-feira (14), para discutir caminhos para aumentar a ajuda emergencial aos civis envolvidos no conflito sírio. As informações são da própria ONU, desta segunda-feira (13).

"A visita pretende medir o impacto do conflito sobre as pessoas que permaneceram na Síria ou que fugiram para outros países, como o Líbano. Valerie, que esteve na Síria pela última vez em março, visitará o país primeiro antes de ir ao Líbano.

Com Prensa Latina