Brasil vai à final olímpica do vôlei feminino

Ao contrário do que aconteceu nas quartas de final contra a Rússia, desta vez a seleção brasileira feminina de vôlei nem precisou de emoção. Em uma partida tranquila, o time verde-amarelo bateu o Japão por 3 sets a 0 nesta quinta-feira (9), parciais de 25-18, 25-15 e 25-18 e avançou à decisão das Olimpíadas de Londres.

Na grande final, o time verde-amarelo terá pela frente os Estados Unidos, que mais cedo também fizeram 3 a 0 sobre a Coreia do Sul, mas com muito mais dificuldade. Trata-se da mesma decisão de Pequim 2008, quando as brasileiras venceram por 3 sets a 1 e conquistaram a primeira medalha de ouro olímpica de sua história.

Curiosamente, há menos de uma semana as americanas tiveram a chance de eliminar as comandadas de José Roberto Guimarães da competição. Depois de um início muito ruim nos Jogos, que incluiu uma derrota para as agora também finalistas, a seleção precisava ganhar da Sérvia e ainda contar com uma derrota da Turquia para os EUA para não cair ainda na fase classificatória. Para a sorte das brasileiras, as americanas entraram com muita seriedade no jogo e ganharam por 3 a 0.

Uma marca pessoal também estará em jogo na próxima partida: se vencer, Hugh McCutcheon, treinador neozelandês, se igualará a Zé Roberto como os únicos treinadores da história a conseguirem ouro olímpico tanto no vôlei feminino quanto no masculino. Enquanto o técnico brasileiro triunfou com os homens em 1992, McCutcheon foi campeão em 2008, quando bateu a seleção brasileira masculina, de Bernardinho, na decisão.

O jogo desta quinta (9) começou equilibrado, com as duas equipes trocando pontos: em nenhum momento, alguma seleção conseguiu fazer mais de três seguidos. O panorama, porém, mudou a partir do segundo tempo técnico, quando Zé Roberto acertou a defesa e o Brasil deslanchou à frente, embalado pela eficiência de Sheilla (seis pontos nesta etapa) e pelo bloqueio, que pegou as rivais em nada menos que oito oportunidades.

As coisas ficaram ainda mais tranquilas na segunda etapa, dominada pelo Brasil do início ao fim, com direito a show de Fernanda Garay. Com o ataque nipônico com apenas 13,3% de eficiência no ataque, a seleção não precisou de grandes jogadas para conseguir mais uma vitória, encerrada em um bloqueio triplo, e abrir grande vantagem.

Mas ainda havia o risco de o Japão virar: afinal, na semifinal do Mundial 2010, elas deram muito trabalho, obrigando o Brasil a virar uma desvantagem de 2 a 0. Nada disso: escaldadas por aquela traumática experiência, as brasileiras não relaxaram e, com um excelente saque, fecharam o jogo em um ataque de Jaqueline.

Fonte: Portal R7