Atletas de Brasília buscam sucesso nas Olimpíadas de Londres

Brasília está representada nos Jogos Olímpicos de Londres por dois atletas de modalidades pouco difundidas no Brasil: Caio Sena, da marcha atlética, e Hugo Parisi, dos saltos ornamentais.

Para o fundista Caio Sena, 21 anos, conseguir uma boa classificação nos Jogos de Londres ajudará a popularizar a marcha atlética no país. Parisi, de 28, busca chegar entre os 12 melhores e ir à final em sua terceira participação em Olimpíadas.

“As chances são bem reais, mas temos que colocar o pé no chão e prestar atenção no que foi trabalhado e no que tenho que fazer para conseguir chegar lá”, diz Parisi, que alcançou a 19ª colocação em Pequim-2008 na plataforma 10m. O técnico Ricardo Pereira, 31 anos, treina na escola Mackenzie, no Lago Sul, com o brasiliense há cinco anos e explica a evolução do atleta.

“Em Pequim a gente preparou alguns saltos novos e ele não estava tão seguro. Esse ano conseguimos fazer uma preparação melhor. A série dele está bem mais estável e a gente espera que ele consiga se classificar para a semi-final.”

Marchando para o reconhecimento

Caio Sena pratica marcha atlética desde pequeno sob influência dos pais. A mãe Gianetti Sena foi heptacampeã da Taça Brasil de Atletismo na modalidade e o pai João Sena é seu atual treinador. O jovem, que estuda Educação Física na Universidade Católica de Brasília, disputará sua primeira Olimpíada,mas garante não estar sentindo a pressão.

“Não estou ansioso. É o que eu gosto de fazer e eu treino bastante. Espero trazer um bom resultado, mas um dos objetivos é popularizar o esporte. Porque não é que o brasileiro não goste da marcha, ele apenas não conhece.”

Para chegar a Londres, o fundista candago da prova de 20km conseguiu o tempo de 1h21m36s no Troféu Brasil deste ano, 23s abaixo do índice olímpico. Mesmo otimista, Caio reconhece que tem poucas chances de subir ao pódio, mas não perde o ânimo.“Se eu pegar medalha , é algo que ninguém esperaria. Mas é uma prova muito técnica. São 60 a 80 atletas e se o cara lá da frente não estiver bem, ele fica fora. Um bom resultado seria ficar entre os 15 e marchar abaixo do meu tempo classificatório”.