Diretores de escolas públicas apontam deficiências

 “A atual estrutura física da sua escola é compatível com as atividades que são exigidas pela grade curricular?” A pergunta é uma das várias questões enviadas aos 639 diretores da rede pública de ensino no questionário elaborado por auditores do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) com o objetivo de ajudar a medir a qualidade da estrutura física dessas instituições.

A resposta dos gestores é desanimadora. A maioria disse não, deu nota 5,7 para a infraestrutura dos colégios e detalhou a carência que enfrentam: faltam rampas de acessibilidade, laboratórios de informática, quadras de esporte, refeitórios e parquinhos.

E sobram problemas, como infiltrações, goteiras, desnível de piso, paredes descascadas, cadeiras, mesas e carteiras quebradas. Dos dir etores ouvidos, 73,7% consideraram as instalações dos colégios regulares ou ruins.

As considerações dos gestores de 497 escolas que responderam às perguntas do TCDF ajudam a compor a Auditoria nº1.630 de 2011, com várias impressões sobre o estado de conservação de escolas públicas da capital federal. A conclusão dos técnicos é de que 87,4% dessas instituições apresentam manutenção ou infraestrutura precárias, como mostrou o Correio em sua edição de ontem.

O mesmo documento reúne o relato dos que estão à frente dos colégios públicos, segundo o qual foi possível separar por série e tipo de escola a incompatibilidade de atividades cobradas pela grade c urricular com a estrutura das instituições.