Exército sírio continua a combater bandos armados

O Exército Árabe Sírio prossegue nesta terça-feira (17) com suas ações contra as gangues armadas que pretendem transmitir uma imagem de caos no país, especialmente nos bairros de al-Midan e al-Tadamon, em Damasco.

No dia anterior, durante um confronto na cidade de al-Ziyara, província de Idleb, a 320 quilômetros de Damasco, as tropas do governo causaram perdas significativas para um grupo, incluindo a destruição de dois transportes e um depósito de armas, munições e granadas de mão.

Na cidade de Deir Ezzor, ocorreu um confronto com um grupo no bairro de al-Ommal, a 461 quilômetros da capital, e houve perdas significativas para os irregulares, com a destruição de um carro de artilharia.

Também os membros das forças da ordem causaram danos significativos a uma unidade armada que atacou a cidade de al-Sfire, uma área rural de Aleppo, a 350 quilômetros ao norte de Damasco.

Também em Idleb, autoridades e guardas de fronteira frustraram a tentativa de infiltração de um grupo a partir do Líbano, na aldeia de Hir Yamous, na região de Salqin, que atacou as unidades de fronteira.

Em Dareya, ao sul da capital e centro de confrontos nos últimos dias, as autoridades tomaram um carro abandonado, dentro do qual encontraram dois rifles, nove carregadores, duas granadas e duas bombas de fabricação israelense.

Além disso, as unidades de segurança sírias perseguem um grupo de irregulares em Naher Aisha, que fugiu domingo no bairro Tadamon, a leste de Damasco. Neste bairro e em al-Midan, as forças do governo executam ações de combate aos membros das gangues armadas que estão escondidos em casas na área.

O exército está implantado lá, embora algumas fontes digam que não há presença de tanques, conforme indicado por alguns meios de comunicação.

Também nesta segunda-feira foi impedida a infiltração de um grupo armado na área de Tel Kalakh, em Homs, na fronteira com o Líbano.

Da mesma forma, meios de comunicação sírios destacaram declarações de um líbio que esteve neste país para apoiar os grupos armados e que foram divulgadas pelo jornal tunisiano al-Shourok.

O homem que se chama Hazem M, um especialista em explosivos na chamada Brigada de Trípoli, disse que entrou neste país em resposta aos convites para a realização da "Al-Jihad" (guerra santa) contra o Exército Árabe da Síria.

"Me trasladei com alguns grupos para a cidade de Hama para agir em conjunto com o batalhão de Ammar bin Yasser e fiquei surpreso com o que eu vi lá, onde o batalhão era integrados por pessoas de muitas nacionalidades árabes e africanas", disse ele.

Ele observou que "o que me fez deixar o campo de batalha é o pensamento que comecei a notar nos armados, pois quando cai um morto em nossas fileiras, ou o queimam ou vendem os órgãos, independentemente da nacionalidade do combatente. E se é africano, incineram o corpo".

De acordo com o veículo de comunicação tunisiano, Hazem apelou a todos os combatentes da Líbia e de outros países árabes para que não entrem na Síria, porque o que está acontecendo lá não é uma revolução popular.

"Pelo contrário. Quando entramos, respondemos à 'Al-Jihad', porque acreditávamos que o exército sírio violava as mulheres e matava as crianças, mas o que nós vimos é completamente diferente disso. Quem faz esse tipo de operações são bandos armados e assassinos", completou.

Ataque aos líderes

O Exército Livre Sírio (ELS), grupo de oposição ao governo, ameaçou nesta terça-feira promover ataques contra líderes civis e militares do país se estes não desertarem antes do fim deste mês.
Um comunicado divulgado dentro da Síria e assinado pelo porta-voz do grupo, coronel Qasem Saadedin, diz que os rebeldes garantirão a segurança dos desertores que se unirem à oposição.

Na nota, o ELS adverte que também considerará como alvos legítimos "os agentes e membros do 'Partido do Demônio' (em referência ao grupo libanês Hezbollah), aos da guarda revolucionária iraniana e as organizações palestinas pró-Assad".

Com Prensa Latina e Efe