Sinfônica de Brasília obtém sucesso internacional

Após lotar a sala Villa Lobos durante o II Festival de Ópera de Brasília, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (Ostncs) ganhou destaque em um dos principais festivais de música erudita da América Latina, o 43º Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão (SP).

Sinfônica de Brasília obtém sucesso internacional

Em 1º de julho, durante a primeira apresentação da orquestra no festival, o repertório executado conquistou aplausos de um público formado por aproximadamente 700 pessoas na Sala São Paulo, sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp).
“O convite feito pela Osesp, organizadora do festival, mostra o reconhecimento ao desempenho e à qualidade da orquestra”, pontuou o secretário de Cultura do DF, Hamilton Pereira.
O diretor executivo da Ostncs, Marconi Scarinci, destacou que as apresentações só reforçaram a aprovação da orquestra no meio musical. “É uma orquestra muito bem vista e avaliada. Fomos aplaudidos de pé por um público acostumado a concertos eruditos”, reforçou o diretor.

A segunda apresentação, em Campos de Jordão, aconteceu em 2 de julho, na sala que leva o nome do teatro brasiliense, o auditório Cláudio Santoro. Lá, cerca de 300 pessoas acompanharam as sinfonias.
Sob a regência do maestro Cláudio Cohen, as peças apresentadas pela orquestra de Brasília foram Ponteio para Orquestra de Cordas, de Cláudio Santoro; o Concerto Tríplice em Dó Maior, de Ludwig Van Beethoven, que teve como solistas o Trio Smetana da República Tcheca; O Pássaro de Fogo, de Igor Stravinsky e Prélude à L’après-midi d’un Faune, de Claude Debussy.
Segundo o maestro, os músicos da orquestra estão entusiasmados com a avaliação positiva do trabalho do grupo. “Em Campos do Jordão, por exemplo, havia um público muito seleto, formador de opinião, composto por músicos, professores internacionais e críticos. Já na Sala São Paulo, principal espaço da música brasileira, fomos assistidos por um público enorme que nos fez voltar ao palco 3 a 4 vezes para dar bis. Isso tudo só nos deixa mais motivados para seguir em frente”, contou o maestro.

De Pixinguinha a Carmem – Formada por 78 músicos efetivos, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional ofereceu ao Distrito Federal uma diversificada e ampla programação no primeiro semestre de 2012.
O espetáculo Estória de João Joana, de Carlos Drummond de Andrade, foi acompanhado por Sergio Ricardo, Elba Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo nos dias 6, 7 e 8 de março.
No mesmo mês aconteceu a homenagem a Pixinguinha com os solistas Hamilton de Holanda, Carlos Malta e Odette Ernest Dias.
Em maio, a Orquestra presenteou os trabalhadores brasilienses com o Concerto do Trabalhador – Do Erudito ao Popular. Nesse mesmo o mês, aconteceu ainda o Concerto da Comunidade Européia.
Entre outros concertos, o Festival de Ópera apresentou sua segunda edição lotando a sala Villa Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro.
“O festival é um produto cultural que qualifica a cidade. A receptividade à ópera em Brasília é uma surpresa muito grande para nós. Mostra que a população de quer coisas boas”, destacou Cláudio Cohen.

Aproximadamente 15 mil pessoas compareceram ao evento desde a estreia do festival. Devido à grande procura, a Secretaria de Cultura estuda a possibilidade de realizar a terceira edição, no ano que vem, a céu aberto.
Entre os dias 25 de maio e 24 de junho, os brasilienses e turistas tiveram a oportunidade de assistir, gratuitamente, a três montagens: La Bohème, de Giacomo Puccini; Cavalleria Rusticana, de Pietro Mascagni; e Carmen, de Georges Bizet.

“A programação do semestre, que começou com a Estória de João Joana, passou pela homenagem a Pixinguinha e fechou com o Festival de Ópera e o Festival Internacional de Campos do Jordão, mostra que a orquestra está cada vez mais produtiva”, comemorou o maestro.

“É um momento fecundo da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional que merece todo o apoio do governo e da sociedade”, completou o secretário de Cultura.