Brasil atinge meta: 95% das crianças vacinadas

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite alcançou a meta de 95% de imunização das 14,1 milhões de crianças que formam o público-alvo. Ao todo, 13,4 milhões de pessoas de até quatro anos, 11 meses e 29 dias de idade receberam as duas gotinhas que garantem a imunidade contra a paralisia infantil.

Em 15 estados a meta foi atingida e nos outros a vacinação poderá continuar até que a cobertura ideal seja alcançada. Em 15 estados a meta foi atingida: Acre, Amapá, Rondônia, Alagoas, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Espírito Santo, Minas gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Goiás. Nos demais, a vacinação poderá continuar até que a cobertura ideal seja alcançada.

O último caso da doença no país foi registrado em 1989, na Paraíba. Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da doença. Embora não haja circulação do vírus em território nacional, neste ano, 16 países registraram casos de paralisia infantil e, em três deles, a doença é endêmica: Afeganistão, Nigéria e Paquistão. Para evitar a reintrodução do vírus no Brasil, é fundamental a manutenção da vacinação.

A aplicação das gotinhas tem como objetivo manter o Brasil na condição de país certificado internacionalmente para a erradicação da poliomielite, estabelecendo proteção coletiva com a vacinação de todas as crianças menores de cinco anos no mesmo período. Esta estratégia também permite a disseminação do vírus vacinal no meio ambiente, ajudando a criar a imunidade de grupo. É importante ressaltar que não existe tratamento para a pólio, apenas a prevenção por meio da vacina.

A paralisia infantil é uma doença infecto-contagiosa viral aguda que atinge principalmente crianças de até cinco anos. É caracterizada por quadro de paralisia flácida de início súbito, principalmente nos membros inferiores. Sua transmissão ocorre pelo Poliovírus, que entra pela boca. Ele é carregado pelas fezes e gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro da pessoa contaminada. Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de muitas crianças em um mesmo local favorecem a transmissão.

Da Redação de Brasília