Para Irã, a Síria está pagando o preço de seu apoio à resistência

O presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad, destacou as profundas relações entre seu país e a Síria, e a necessidade de impulsioná-las e fomentá-las nas diversas áreas, assim como a disposição de não permitir que ninguém as prejudique de nenhuma maneira.

Durante sua reunião em Teerã com o presidente da Assembleia do Povo da Síria, Mohammed Yihad Al-Laham, o presidente iraniano reiterou o apoio às reformas empreendidas pelo governo sírio, e manifestou que a Síria está pagando o preço de suas posições de princípio baseadas no apoio à resistência e por rechaçar os ditames externos.

“Confirmamos uma vez mais nossa rejeição aos intentos de ingerência nos assuntos internos da Síria porque os sírios são os que decidem acerca de sua pátria e sua soberania”, pontuou o presidente iraniano.

Complô internacional

Por sua parte, Al-Laham explicou as dimensões políticas, econômicas e midiáticas do complô regional e internacional contra a Síria, asseverando que o objetivo de tudo isto é prejudicar a Síria e debilitar seu papel na região.

“O povo sírio está determinado a avançar no processo de reformas… e a Síria sairá vitoriosa e mais forte do que era, e manterá suas posturas e princípios”, afirmou o presidente do parlamento sírio.

Reformas

Por outro lado, Al-Laham manteve conversações com o chefe do Poder Judiciário do Irã, Sadeq Larijani, durante as quais abordaram as relações bilaterais e as formas de fortalecer a cooperação legislativa, judicial e parlamentar entre os dois países.

O presidente do Parlamento sírio fez alusão às reformas empreendidas na Síria e que têm abarcado a legislação relativa aos âmbitos político e judicial, ressaltando o papel dos parlamentos e das comissões parlamentares na exposição dos métodos de falsificação seguidos pelo Ocidente e suas ferramentas na região, para a falsificação dos fatos sobre a crise na Síria.

Por sua parte, Sadeq Larijani, denunciou as campanhas de pressões e ameaças lançadas contra Síria, devido a suas posições de apoio à resistência nacional e de rejeição a todas as formas de intervenção externa, reafirmando o apoio à Síria, seu governo e seu povo.

Sanções

Em suas conversações, as duas partes denunciaram as injustas sanções do Ocidente que afetam a vida do povo sírio e seus meios de subsistência, assim como repudiaram os crimes dos grupos terroristas armados e as partes regionais que lhes proporcionam ajuda com armas e dinheiro.

O presidente do Parlamento sírio se reuniu também com o presidente da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa no Conselho da Shura, Alaeddin Boroujerdi, e afirmou que a Síria se manteve firme e forte em face das pressões e intrigas internacionais e regionais, graças à sabedoria de sua liderança e a unidade de seu povo.

Síria mais forte

Boroujerdi disse durante o encontro que o Irã está ao lado do povo sírio, e considerou que a Síria agora é mais forte do que era antes da crise.

Al-Laham analisou com o chanceler iraniano Ali Akbar Salehi as relações entre os dois países e a evolução da situação na Síria e na região, além de questões de interesse comum.

Durante o encontro, Al-Laham passou em revista as últimas novidades relacionadas com a crise na Síria assinalando que a guerra universal em suas formas midiática, política e econômica que a Síria enfrenta tem o objetivo de desligá-la de suas posturas de princípio, afirmando que a vontade e a determinação dos sírios, tanto sua direção como o povo, são mais poderosas que todas as conspirações.

Duas caras

O chefe da Assembleia do Povo da Síria criticou a política de duas caras que o Ocidente segue com referência às concepções sobre democracia e direitos humanos, destacando que a democracia tão alardeada por eles não vem através da morte e da destruição mas por meio do diálogo e das reformas que têm sido feitas na Síria.

Por sua parte, o ministro do Exterior iraniano expressou sua repulsa às gestões que visam a intervir nos assuntos internos sírios, e enviar armas e dinheiro aos grupos terroristas armados que atacam a infraestrutura, asseverando que o diálogo é o que contribuirá para a coesão nacional.

Salehi disse que a Síria sempre tem estado na primeira linha da Frente da Resistência, opondo-se ao Ente israelense e ressaltou que a firmeza da liderança e do povo sírio abortaram os planos que buscam reduzir a influência da Síria e seu papel na região.

O chefe da diplomacia iraniana pôs em relevo que a Síria paga atualmente o preço de suas posturas de apoio à Resistência e de rejeição aos ditames, com o que tem podido frustrar os projetos colonialistas para a região que ambicionam as riquezas e hostilizam sua civilização, e finalmente reiterou o apoio do Irã à Siria e às reformas em curso ali.

Agência Sana