Partidos Comunistas preparam 14º Encontro Internacional

Está marcado para novembro o 14º Encontro Internacional de Partidos Comunistas. Desta vez, o conclave do movimento comunista internacional terá lugar em Beirute, Líbano, e terá como tema central o combate contra a escalada agressiva do imperialismo, pelos direitos dos povos, por conquistas nos planos político, econômico e social, assim como a luta pelo socialismo como alternativa de fundo para a profunda crise sistêmica e estrutural do capitalismo.

Por José Reinaldo Carvalho, editor do Vermelho

Será a segunda vez que um país do Oriente Médio abrigará um encontro dessa envergadura, mas a primeira de um encontro regular da série que se iniciou em 1998 em Atenas, Grécia.
Em 2009, teve lugar em Damasco, Síria, um encontro extraordinário dos partidos comunistas e operários, que teve como tema central a situação do Oriente Médio.

Naquela ocasião, foi vigoroso o posicionamento dos comunistas de todo o mundo contra a política intervencionista, agressiva e expansionista do imperialismo estadunidense e seu títere na região, o Estado sionista israelense, o qual atua como verdadeiro enclave territorial no Oriente Médio, pondo em prática uma política de extermínio do povo palestino e de opressão contra demais povos árabes. O Estado sionista, que é um protótipo de fascismo dos novos tempos, atua como gendarme do imperialismo norte-americano para executar os planos concebidos na Casa Branca e no Pentágono a fim de reestruturar o Oriente Médio conforme os interesses econômicos e geopolíticos dos Estados Unidos e demais potências imperialistas na região.

Certamente, mesmo considerando que o temário do Encontro do Líbano seja abrangente, é de se esperar que os debates sobre o Oriente Médio e a luta anti-imperialista e antissionista também ocupem espaço.

O encontro dos partidos comunistas e operários é o mais importante evento do movimento comunista internacional.

Realizado a cada ano desde 1998, é o momento que têm esses partidos para promover a convergência de opiniões e propostas de ação num quadro político e econômico em que se torna cada vez mais indispensável sua intervenção política e social para defender os interesses dos trabalhadores, sob o ataque dos governos de direita e social-democratas e os direitos dos povos e das nações oprimidas, sempre ameaçados e agredidos pelas grandes potências.

Um desses encontros, o décimo, foi realizado no Brasil, no ano de 2008, sob os auspícios do PCdoB. Naquela ocasião, os partidos comunistas posicionaram-se de maneira unificada sobre a crise do capitalismo, tomaram posição firme contra a militarização em curso no mundo e manifestaram solidariedade plena aos processos democráticos, populares e patrióticos em curso na América Latina.

São cada vez maiores os desafios que se apresentam diante do movimento comunista internacional. Já decorreram mais de 20 anos desde a contrarrevolução na ex-União Soviética e países do Leste europeu. No cenário atual, as tarefas dos comunistas se tornaram mais complexas e exigentes em termos de orientação ideológica, linha política e unidade de ação, principalmente considerando a circunstância de que mais do que nunca é verdadeira a noção de que não há modelos a copiar de revolução, construção do socialismo e estruturação do partido comunista.

A extraordinária importância desses encontros está em que as tarefas da luta de classes nas condições da crise capitalista, das guerras imperialistas e das atuais lutas pelos direitos dos trabalhadores e dos povos requerem solidariedade, ações comuns e que se deem passos adiante no fortalecimento do internacionalismo proletário e da frente anti-imperialista, a fim de acumular forças para a ruptura revolucionária com o capitalismo e o imperialismo, no rumo da conquista do socialismo.