Raúl Castro diz que os golpes de Estado voltaram disfarçados

O presidente cubano, Raúl Castro, afirmou nesta segunda-feira (25) que os golpes de Estado na região da América Latina e Caribe voltaram disfarçados, em referência ao mais recente fato deste tipo perpetrado no Paraguai contra o mandatário Fernando Lugo.

Em declarações aos meios cubanos de comunicação depois de se despedir do presidente da Belarus, Alexander Lukashenko, no Aeropuerto Internacional José Martí, o chefe de Estado cubano assinalou que os últimos acontecimentos não o surpreendem.

Ele recordou que os planos norte-americanos para depor governos de vocação popular na América Latina foram freados durante a administração do presidente dos Estados Unidos James Carter entre 1977 e 1981.

“Há anos, conversando com Fidel, afirmei que quando os interesses norte-americanos se vissem ameaçados neste continente, voltariam os golpes de Estado”, disse. E voltaram, agora disfarçados, disse, em referência aos ataques perpetrados contra governos populares em vários países da América Latina, nos últimos anos.

O presidente cubano citou entre outros o golpe de Estado sofrido em 2002 pelo líder venezuelano, Hugo Chávez. "Com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, se desesperaram e apelaram ao golpe militar. Foi destituído, mas o povo o salvou e (os golpistas) fracassaram".

No sábado passado, em uma declaração oficial, o governo cubano condenou energicamente em nota oficial o golpe de Estado parlamentar no Paraguai contra Fernando Lugo e disse que a ilha não reconhecerá autoridade alguma "que não emane do sufrágio legítimo e do exercício da soberania por parte do povo paraguaio".

Raúl destacou a importância de meios de comunicação, como a Telesur, para a divulgação da história, raízes culturais e de informações, cujo conhecimento é de vital importância para o fortalecimento de nossos países como uma só nação, como deve ser no futuro, e não globalizados sob o mandato ianque.

Com agências