Governador abre suas contas para CPMI

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), colocou ontem à disposição da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de Carlinhos Cachoeira os sigilos bancário, fiscal e telefônico.

A decisão, anunciada durante depoimento de Agnelo na comissão ontem, motivou críticas de vários parlamentares ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que disse durante depoimento à CPMI na terça-feira não ter motivos para abrir os próprios dados sigilosos.
Logo após a reação dos integrantes da CPMI, o líder do PSDB na Câmara, deputado Bruno Araújo (PE), informou que Perillo telefonou para dizer que também deixava a disposição da comissão os sigilos fiscal, bancário e telefônico. Os pedidos para acessar as informações de ambos os governadores serão votados hoje pela CPMI.
Agnelo chegou para depor na CPI às 10h30 de ontem acompanhado por secretários e parlamentares do DF. O depoimento durou cerca de nove horas.
Durante a leitura de sua fala inicial, Agnelo abordou as medidas que tomou para combater a corrupção quando assumiu o governo e rebateu as denuncias de que teria envolvimento com Carlinhos Cachoeira, reafirmando que se encontrou com o bicheiro apenas uma vez, durante
uma visita técnica a uma fazenda quando ainda era diretor da Anvisa.
"Não estou no governo por negócio. Tudo que eu e minha esposa temos hoje é fruto do trabalho", disse.