CPMI não encontra vínculo entre Agnelo e Cachoeira
O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), deputado Odair Cunha (PT-MG), que é do mesmo partido do governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz, disse que a situação da quadrilha investigada pela CPMI é muito diferente nos dois estados.
Publicado 14/06/2012 10:40 | Editado 04/03/2020 16:41
“Tudo que foi visto até agora mostra que as atividades do Cachoeira são infinitamente superiores em Goiás do que no Distrito Federal”.
Na opinião de Odair Cunha, os vínculos entre o governador Agnelo e o empresário goiano, que é suspeito de comandar uma quadrilha que explorava jogos ilegais em Goiás e fraudava licitações corrompendo agentes públicos, “não foram comprovados”.
Durante o depoimento de Agnelo ontem, que durou cerca de dez horas, parlamentares oposicionistas insistiram em perguntas sobre a compra da casa dele, que custou R$ 400 mil. Alguns parlamentares insinuaram que o valor estaria muito baixo do preço geral dos imóveis situados no mesmo bairro em Brasília. Também houve questionamentos sobre de onde o
governador teria tirado dinheiro, uma vez que seu patrimônio à época seria incompatível com o valor.
Para o relator, no entanto, os valores e a compra da casa de Agnelo não são importantes e não devem ser explorados pelos membros da CPMI. “A casa não é objeto da CPI. Ele precisa prestar os esclarecimentos à Justiça”.
Sobre as quebras de sigilo de Agnelo e de Perillo, Cunha disse que serão analisadas regimentalmente pelos parlamentares. Os dois colocaram seus sigilos bancário, fiscal e telefônico à disposição dos membros da CPMI. Amanhã, em reunião administrativa, os deputados e senadores irão votar os requerimentos relativos ao assunto.