Desemprego na França chega a 10%

A taxa de desemprego em todo o território francês, inclusive as regiões de ultramar, chegou à barra simbólica de 10% no primeiro trimestre do ano, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (7).

O Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Econômicos (Insee) publicou nesta quinta-feira (7) o primeiro relatório correspondente a 2012, elaborado segundo as normas da Organização Internacional do Trabalho.

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De acordo com os resultados, na França metropolitana, que abarca o território continental e a ilha de Córcega, o índice de desemprego é de 9,6% da população em idade ativa, uma cifra igual à registrada em 1999.

Segundo o Insee, entre janeiro e março deste ano o desemprego cresceu em 0,3 pontos com relação aos últimos três meses de 2011, o que demonstra uma degradação sustentada na criação e oferta de praças de trabalho.

Por setores de idade, a perda de empregos acentuou-se mais na faixa de 25 a 49 anos; e por sexo, os homens foram os mais afetados que as mulheres, precisa o relatório.

Em geral na área metropolitana são 2,7 milhões que carecem por completo de uma colocação, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatísticas.

Um estudo anterior realizado pela agência estatal de colocações Pôle Emploi, dependente do ministério de Trabalho, localizou em 2,9 milhões o número de pessoas em desemprego no país galo, sem incluir as zonas de ultramar.

As perspectivas a curto e médio prazo para o mercado trabalhista mantêm-se sombrias devido ao estancamento da economia prognosticado para o primeiro semestre de 2012 e um crescimento muito débil durante o segundo.

Recentemente a principal organização operária francesa, a Confederação Geral do Trabalho, entregou ao premiê Jean-Marc Ayrault uma listagem de 46 empresas à beira da quebra, que deixariam sem emprego a 45 mil assalariados.

Para debater e achar soluções a este e outros graves problemas do país, o governo convocou a uma conferência social de 9 a 11 de julho próximo. Para o encontro estão convidados os sindicatos, o setor patronal, acadêmicos, servidores públicos e agrupamentos civis franceses.

Fonte: Prensa Latina