Senador boliviano acusado de corrupção pede asilo ao Brasil

O Brasil analisa o pedido de asilo feito pelo senador boliviano Roger Pinto Molina, de oposição ao presidente Evo Morales, que está abrigado na Embaixada do Brasil em La Paz desde segunda-feira (28). O governo boliviano o acusa de corrupção.

De acordo com a Agência Boliviana de Informação (ABI), o senador foi acusado de corrupção quando exerceu o cargo de prefeito do departamento (Estado) de Pando, em 2000. Além disso, o parlamentar é mencionado em 20 processos criminais – nas regiões de La Paz, Santa Cruz, Sucre e Cobija.

Em carta pública, Molina diz que sua defesa em favor da preservação dos direitos humanos fez com que passasse a ser perseguido pelas autoridades bolivianas devido a denúncias sobre supostas ligações do narcotráfico com funcionários do governo, que ele não identificou, como anunciou o próprio congressista em carta.

"Após vários anos de luta intransigente em defesa dos direitos humanos, toda a força do sistema democrático e respeito pela dissidência e por pensar de maneira diferente, agora estou nas circunstâncias difíceis e dolorosas que me levam a buscar refúgio na Embaixada do Brasil porque não tenho outra alternativa para reagir ao assédio impiedoso e à perseguição a que fui submetido ", disse o senador, anunciando sua decisão de pedir apoio ao Brasil.

O deputado Adrian Oliva, correligionário de Molina, disse que o senador enviou duas cartas às autoridades brasileiras – uma à presidenta Dilma Rousseff e outra ao embaixador do Brasil na Bolívia, Marcel Biato. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, confirmou o pedido de Molina.

O chanceler Antonio Patriota declarou que o Brasil está estudando o pedido, mas não há prazo para uma resposta. "Estamos acompanhando a situação de perto", disse. O político seguirá na Chancelaria da embaixada enquanto a decisão não é anunciada.

Com agências