Marcha Patriótica: três integrantes são mortos na Colômbia

Na Colômbia, o movimento político Marcha Patriótica já é alvo de violência de grupos armados. Passados 15 dias de sua criação, três pessoas ligadas à organização foram mortas, como denuncia o jornalista Camilo Raigozo em reportagem publicada no site do Partido Comunista Colombiano.

Há uma indicação de que esses crimes tenham motivação política. Nas décadas de 1980, e 1990, cerca de quatro mil integrantes da União Patriótica – que tinha como objetivo disputar as eleições do país em 1984 – foram mortos, tanto pelas forças colombianas, como pelos paramilitares.

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Segundo Raigozo, “os sócios do crime organizado são os habituais: governo, militares, polícia nacional, meios de comunicação, narcotraficantes, empresários nacionais e estrangeiros, pecuaristas, políticos e latifundiários, entre outros”.

Ainda de acordo com o jornalista, “o método de terror e extermínio utiliza matadores de aluguel de diferentes denominações tais como: Auto Defesas Unidas da Colômbia, paramilitares, banda criminosas conhecidas como Bacrim, Águias Negras e um sem número de denominações. Também são utilizados comandos ou esquadrões secretos especializados, integrados por membros das forças de segurança do Estado”.

A primeira vítima conhecida é Hernán Henry Diaz, dirigente camponês de Putumayo, desaparecido perto de Puerto Asis na quarta-feira 18 de abril, quando organizava a assistência dos camponeses desta área para a participação na Marcha Patriótica marcada para 21,22 e 23 de abril em Bogotá

Martha Cecilia Guevara Oyola, foi o segundo alvo. Líder comunitária de San Vicente del Caguán, em Caquetá, está desaparecida desde sexta-feira, dia 20 de abril de 2012. Sumiu quando se dirigia ao lançamento do movimento político Marcha Patriótica, em Bogotá.

A terceira foi Mao Enrique Rodriguez, baleado por "desconhecidos" na noite de sexta-feira, dia 27 de abril em Bogotá. Mao Henrique era um membro da equipe de segurança do Partido Comunista Colombiano, o PCC, registrado na Unidade Nacional de Proteção no Ministério do Interior. Atuou na segurança do diretor de Voz da Unidade, Carlos Lozano, que denunciou o crime com profunda tristeza em sua conta no Twitter.

Da Redação com informações do Partido Comunista Colombiano e da Anncol