YPF: Espanha pede apoio aos EUA para atingir Argentina
A Espanha busca apoio dos Estados Unidos para planejar uma possível represália conjunta contra a decisão soberana da Argentina de expropriar as ações da petroleira YPF, filial da multinacional ibérica Repsol, passando 51% das ações para o poder argentino.
Publicado 19/04/2012 18:04
O ministro espanhol dos Assuntos Exteriores, Manuel García-Margallo, assegurou nesta quinta-feira (19) que analisará com a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, como sancionar a postura da nação sul-americana.
García-Margallo afirmou à imprensa em Bruxelas que as conversas com Hillary ocorreriam nesta quinta durante uma cúpula dos chanceleres da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesta capital.
O chefe da diplomacia da nação ibérica baixou o tom com relação aos recentes comentários que formulou sobre a atitude de Washington com relação à decisão de Buenos Aires.
"A reação dos Estados Unidos não foi a que eu esperava", disse García Margallo, que após uma conversa ontem com sua homóloga norte-americana afirmou que o Departamento de Estado condenava de forma "muito rotunda" a expropriação da YPF.
Há três dias, a presidente argentina, Cristina Fernández, dispôs mediante um decreto a necessidade e a urgência de se intervir na empresa com a finalidade de assegurar a capacidade energética do país e recuperar o domínio de recursos, não apenas estratégicos, senão vitais.
Após conhecer a decisão, o governo conservador de Mariano Rajoy qualificou o fato de arbitrário e anunciou que adotará decisões convenientes em defesa dos interesses de Repsol e de todas as empresas espanholas no exterior.
Por sua parte, a coalizão Esquerda Unida, da nação europeia, qualificou na última sexta-feira a postura de Madri como colonialista, perante o conflito em que a Argentina enfrenta a multinacional pelo não cumprimento de seus investimentos.
Segundo o vice-presidente do país sul-americano, a possibilidade de recuperar a condução da Yacimientos Petrolíferos Fiscales permitirá aos argentinos olhar o futuro com mais esperança e fortaleza.
Fonte: Prensa Latina