Argentina vislumbra futuro mais promissor, diz vice-presidente

A perspectiva de recuperar o controle sobre a estratégica petroleira YPF permite hoje aos argentinos mirar um futuro com mais esperança e pujança, opinou o vice-presidente do país, Amado Bordou.

Em visita à cidade de Porto Iguaçu, no Norte do país, para assistir a um ato de inauguração de obras, o também titular do Senado sustentou que um país como a Argentina, rico em potencial hidrocarborífero, não pode permitir que a política de combustível desacelere seu crescimento.

“Muito ao contrário, o setor deve ser uma das alavancas e motor de nossa economia, e é para esse rumo, sem dúvida, que vamos caminhar a partir da decisão de expropriação de 51% das ações da YPF das mãos da espanhola Repsol”, expressou Boudou.

Boudou definiu o projeto de lei enviado ao Executivo como uma decisão “estratégica e de mudança cultural”. Recordou que aqueles que dirigiam a empresa “tomaram decisões que iam no sentido contrário ao das necessidades do país”.

Plenária aprova decisão

A iniciativa tomada pela presidente Cristina Kirchner foi aprovada nesta quarta-feira (18) pelo Senado. Durante a plenária, o ministro do planejamento e interventor nomeado para a YPF, Julio de Vido, assegurou que "gás, petróleo e trabalho" formarão a máxima que irá pautar a gestão da nova Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPF) da Argentina.

De Vido reiterou que a expropriação de 51% das ações da Repsol permitirá que o autoabastecimento de combustível seja uma política da alçada do Estado e exortou o Congresso a aprovar rapidamente a medida.

Quanto mais rápida for a aprovação, disse, mais curta será a intervenção na YPF, iniciada nesta segunda (16) pouco depois de Cristina anunciar em cadeia nacional de comunicação o envio ao Senado do projeto de lei.

“A Argentina tem uma enorme oportunidade de encontrar outros campos de exploração mais amplos, para assegurar um futuro diferente, que nos permita tomar parte da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e ali defender nossos interesses”, avaliou.

O alto funcionário do governo destacou ainda o entusiasmo com que a notícia da intervenção da YPF foi recebida por parte das administrações regionais que possuem jazidas de petróleo.
Do mesmo modo que – revelou — muitas multinacionais demonstraram em poucas horas seu interesse em valorar esses recursos, que existem e possuem uma importância fundamental para a economia e o modelo de desenvolvimento que a presidente argentina busca, concluiu.

Com informações da Prensa Latina