Sem categoria

Presos rebelados denunciam maus-tratos em presídio sergipano

Neste domingo (15) detentos do Complexo Penitenciário Advogado Antônio Jacinto Filho, no Bairro Santa Maria, na cidade de Aracaju – SE, tomaram o controle da instituição. De acordo com a imprensa local as negociações avançaram até a madrugada, mas até a manhã desta segunda-feira (16), não houve resolução do conflito.

De acordo com a imprensa local, os presos pedem melhores condições e denunciam maus-tratos por parte dos agentes penitenciários.

Segundo nota publicada, os presos afirmaram possuir uma lista com os nomes dos agentes que realizavam agressões. A assessoria de comunicação do presídio nega que exista qualquer tipo de agressão dentro do presídio.

A rebelião já dura mais de 20h, estão armados e encapuzados dentro dos pavilhões e em parte da laje do presídio. Não houve corte de energia e água no local.

De acordo com declarações da Secretaria de Segurança Pública (SSP/SE) à imprensa local, o presídio, que abriga 476 presos, foi tomado durante a visita dos familiares dos presos. A SSP também informou que três agentes penitenciários foram feitos reféns e muitas mulheres e crianças se encontram junto aos presos.

A polícia informou que nesta manhã foram libertados um agente e 27 parentes de presos que foram feitos reféns. Podem, ainda há dois agentes prisionais e quase 100 familiares sob o poder dos internos. Não há registro de mortos ou feridos.

De acordo com o capitão Marcos Carvalho, do Núcleo de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar, os detentos pediram a presença da imprensa. “Eles demonstraram tranquilidade e querem negociar, mas ainda não sabemos o que eles querem, mas eles pediram a presença da imprensa para começar a falar”, esclareceu.

Negociações

A SSP/SE informou que as negociações estão sendo comandada pelo capitão Marco Carvalho, do Núcleo de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar; o promotor de Justiça Luiz Claudio Almeida dos Santos, da 7ª vara criminal; o juiz da Vara de Execuções Hélio Mesquita; o secretário de Justiça Benedito Figueiredo e Luiz Eduardo Oliva, secretário dos Direitos Humanos. Desde o início da noite de domingo, esta comissão tenta acordo com os presos para conseguir a soltura dos agentes e familiares que estão dentro do presídio.

Em entrevista, Luiz Eduardo Oliva, afirmou que os presos enumeraram doze solicitações e sete delas tem a possibilidade de serem acordadas. Segundo ele, os detentos também solicitaram um advogado, o que foi providenciado.

“O que nos tentamos fazer aqui é dar garantia aos presos de que o que foi acordado será comprido e também garantir a integridade física dos agentes reféns. Agora nós esperamos que os presos soltem os reféns e os seus próprios familiares, para assim darmo continuidade a resolução dos problemas", disse o promotor Luiz Claudio que também participa das negociações.

Com informações do portal Infonet.