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BCE mantém juro em 1%, de olho em inflação e PIB

O Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juros no recorde de baixa de 1% nesta quarta-feira (4) e espera-se que o banco resista à pressão alemã para sinalizar uma mudança na maneira de combater a crise, na medida em que a recuperação da zona do euro parece cada vez mais instável e as preocupações sobre a Espanha crescem.

Mario Draghi

O Bundesbank (banco central da Alemanha) lidera a pressão feita por bancos centrais do núcleo da zona do euro para que o BCE comece a preparar uma saída de suas medidas de combate à crise que consistem, atualmente, no afrouxamento de suas regras para realizar operações de financiamento.

O foco agora está sobre o presidente do BCE, Mario Draghi, em busca de alguma indicação sobre se o banco central está se inclinando para a pressão liderada pela Alemanha. Este é considerado um cenário improvável pois a economia da zona euro permanece em um estado frágil.

O economista do Commerzbank Michael Schubert disse que a decisão do BCE de manter a sua principal taxa de juro em 1,0% não foi nenhuma surpresa. A inflação persistentemente alta e uma economia flertando com a recessão efetivamente acabam se anulando.

— Depois de cortar as taxas de juros apenas alguns meses atrás, o BCE está agora esperando, também para avaliar o impacto dos empréstimos de três anos, disse Schubert. “Vão levar vários meses até que isso apareça em empréstimos para a economia real.”

O BCE injetou mais de 1 trilhão de euros no sistema financeiro em duas operações de financiamento de três anos a fim de evitar uma crise de crédito no ano passado que ameaçou agravar a crise da zona do euro e comprometer o projeto da moeda única.

Com informações do Correio do Brasil e agências