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Ato pelo fortalecimento da indústria chega a São Paulo na quarta

As centrais sindicais, entidades empresariais e o movimento estudantil convoca a todos os trabalhadores para o ato contra a desindustrialização, pela geração de mais emprego e renda, que acontecerá em São Paulo (SP), na quarta-feira (4), a partir das 10h, na Assembleia Legislativa de SP (Alesp).


Porto Alegre: ato reúne 10 mil  é uma das cidades que já recebeu o ato contra a desindustrialização

A manifestação faz parte do calendário de atividades do movimento “Grito de Alerta em Defesa da Produção e do Emprego”, promovido pelo Fórum das Centrais Sindicais e conta com o apoio do setor industrial.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o Brasil fechou 2011 com um saldo bem abaixo das primeiras projeções do governo, que era de 3 milhões de novos postos de trabalho na indústria. Em novembro, o IBGE registrou queda de 0,1% se comparado com o mês anterior.

Para Onofre Gonçalves, presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) São Paulo, que participa do ato, o setor produtivo brasileiro precisa deixar de ser penalizado pela alta taxa de juros, pela sobrevalorização cambial e pela entrada de mercadorias livres de taxas em nossos portos.

“É uma concorrência desleal. Daí a importância de nos unirmos nessa luta contra a desindustrialização, que precisa ter uma solução emergencial. Porque dessa forma, não há a menor condição de a indústria brasileira competir com os produtos estrangeiros”, alertou o dirigente.

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, Paulinho, que também integra o ato, declara que o movimento visa “chamar a atenção do governo e alertar a sociedade para o problema da desindustrialização, que está diminuindo a produção, fechando empresas e gerando desemprego em vários setores da economia".

Outras centrais que integram o fórum são: Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), , Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e União Geral dos Trabalhadores (UGT).

União de forças

Compõem também o movimento estudantes, entidades, sindicatos e federações, como Sindicato Metalúrgicos de SP, Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté; Sindicato dos Metalúrgicos de Cajamar, Sindicato dos Metalúrgicos de Salto, Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal), Sicetel, Sinafer, Simefre, Sinditextil, Abine, Abimaq, Abiquim, Abipeças, Sicetel, Iabr, Fiemg, Abifa, Abiplast.

O movimento Grito de Alerta nasceu do Pacto pelo Desenvolvimento com Geração de Emprego e Renda, construído unitariamente pelas centrais sindicais, preocupadas com a eliminação dos postos de trabalho na indústria nacional, a perda de participação da indústria no PIB brasileiro no ano passado e o crescimento das importações de produtos acabados ao passo que as commodities ganham peso na balança comercial.

Outras cidades

Diversas manifestações estão sendo realizadas nas principais capitais brasileiras. Na quinta-feira (26), foi a vez de Porto Alegre receber o ato, que contou com a participação de cerca de 10 mil trabalhadores, empresários e estudantes, que iniciaram uma caminhada até o Palácio Piratini, onde os sindicalistas entregaram ao governador Tarso Genro o documento chamado “Medidas emergenciais para retomada da indústria nacional”, com as propostas para estancar a desindustrialização do país.

Fazem parte do calendário: Paraná (03 de abril), Manaus (13 de abril) e Brasília (10 de maio), que encerra as atividades.Nos estados do Ceará e da Bahia também ocorrem manifestações, mas não foram divulgadas as datas.

“A CTB está orientando a todos os sindicatos, federações e associações que se organizem para levarmos mais de 100 mil trabalhadores à Alesp contra essa política macroeconômica do governo que está fechando postos de trabalho e afetando diretamente à classe trabalhadora, bem como os rumos do desenvolvimento do país. Todos à Alesp no dia 04 de abril”, convocou o presidente da CTB-SP.

Serviço:

Grito de Alerta contra desindustrialização em São Paulo
Quando: dia 4 de abril, na quarta-feira
Horário: a partir das 10h
Onde: Assembleia Legislativa do Estado de SP (Alesp)
Av. Pedro Álvares Cabral, 201 – Ibirapuera – SP

Com CTB e Força Sindical