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Usina do Rio Madeira começa a operar; operários denunciam abusos

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou nesta sexta-feira (30) o início da operação comercial de duas turbinas da Usina Hidrelétrica Santo Antonio, no Rio Madeira, em Rondônia. As unidades geradoras UG1 e UG4 somam 139,180 MW.

Inicialmente, só funcionarão duas turbinas do tipo bulbo que estão conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Cada turbina tem capacidade para gerar até 71,6 Megawatts, energia suficiente para atender a cerca de 350 mil residências.

De acordo com nota do governo, a usina é um dos principais empreendimentos energéticos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A hidrelétrica está sendo construída no Rio Madeira, em Porto Velho (RO).

O governo anunciou que até o final de 2012, a usina terá 12 turbinas em geração comercial e, a partir de janeiro de 2016, com todas as 44 turbinas em operação, a usina irá gerar energia para abastecer mais de 40 milhões de pessoas em todo o país.

Em nota, a Santo Antônio Energia, concessionária responsável pela construção e operação da hidrelétrica, informou que a expectativa era de que o funcionamento da usina começasse em dezembro do ano passado. Mesmo assim, o cronograma da obra ainda está adiantado em relação ao previsto em 2007, quando foi feito o leilão de Santo Antônio, que estabelecia o início da operação para dezembro de 2012.

A hidrelétrica terá capacidade instalada de 3,15 mil megawatts e custo de cerca de R$ 16 bilhões. Santo Antônio e a Usina Hidrelétrica Jirau formam o Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira.

A concessionária responsável, que é formada pelas empresas Eletrobrás Furnas (39%), Odebrecht Energia (18,6%), Andrade Gutierrez (12,4%), Cemig (10%) e o Caixa FIP Amazônia Energia (20%), explorará a hidrelétrica por 35 anos.

Trabalhadores denunciam abusos

Em audiência pública realizada nesta sexta-feira (30) em Porto Velho, capital de Rondônia, promovida pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), trabalhadores das empresas terceirizadas que atuam na construção das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, pedem mudanças nas condições de trabalho oferecidas e reivindicam modificações nos contratos.

Segundo nota da CPT, será produzida uma carta relatando a situação de trabalho nas usinas e será entregue à presidente Dilma Rousseff nos próximos dias.

"A nossa luta é para conseguir colocar uma cláusula no contrato com as grandes empresas para que se responsabilizem pelos trabalhadores. Senão vai acontecer como em Belo Monte e se repetirá em outras tantas usinas. Todas elas são obras do PAC. São obras de responsabilidade do governo", ressaltou Maria Osânia, coordenadora regional da CPT de Rondônia

Com agências