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Vermelho: Uma década dissipando a treva neoliberal

Nem parece tão distante: num intervalo do 10º Congresso do Partido Comunista do Brasil, RioCentro (Rio de Janeiro), em dezembro de 2001, o Bernardo Joffily chamou-me para almoçar. Queria discutir uma ideia, que andava partilhando com intelectuais, jornalistas e dirigentes do PCdoB: a fundação de um jornal eletrônico para o Partido. Estava nascendo o Vermelho, que entrou no ar em 25 de março de 2002 e, agora, está completando dez anos de publicação.

Por José Carlos Ruy

Rapidamente o Vermelho se destacou entre as publicações políticas eletrônicas brasileiras. Para a comunicação do PCdoB, representou uma revolução. Num país continental como o Brasil, a difusão de informações sempre envolve uma logística complicada e cara, que o imediatismo da internet elimina. Neste sentido, o Vermelho logo se transformou no elo entre a direção central do Partido, as direções estaduais e municipais e a militância.

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Seu impacto foi forte, impondo uma redefinição do papel dos instrumentos de comunicação partidária. A opinião dos dirigentes, a difusão das resoluções e decisões, tudo isso que dependia da lentidão do envio das publicações impressas, passou a estar ao alcance do conjunto partidário em tempo real.

Claro, os impressos não perderam sua importância nem função, mas elas precisaram ser redefinidas e isso representou um ganho real para a atividade partidária.

Visto por outro ângulo, a sociedade brasileira, o meio político e a intelectualidade progressista e avançada passaram a ter, também, o benefício da comunicação imediata. Consultar o Vermelho logo passou a ser o caminho mais rápido para conhecer a opinião comunista sobre a luta política e social em curso no país e no mundo.

Em dez anos, o Vermelho se transformou no notável instrumento de comunicação que é hoje. Nasceu da Inteligência inquieta e inovadora do Bernardo Joffily; cresceu navegando nas ondas do PCdoB; transformou-se numa ferramenta informativa essencial para o leitor crítico e bem informado.

Os comunistas sempre se distinguiram, desde o começo de nosso movimento, ainda no século 19, pelo esforço em usar as mais modernas e eficientes tecnologias de difusão da informação. Usaram jornais, livros, panfletos, cartazes, rádio, cinema e televisão. Hoje, usam a internet e o Vermelho é um exemplo disso.