Vanessa reclama solução para apagões elétricos em Manaus

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) cobrou do governo federal uma solução para os recorrentes apagões elétricos a que a cidade de Manaus está sendo submetida. De acordo com ela, há um grave problema de abastecimento de energia elétrica no município e cabe à empresa pública Amazonas Energia resolver.

Da tribuna do Plenário, em pronunciamento nesta terça-feira (20), Vanessa Grazziotin contou que Manaus já sofreu pelo menos quatro blecautes totais nos últimos meses. Em 6 de janeiro, a cidade teria ficado um bom período da tarde sem energia elétrica e a fornecedora culpou o excesso de chuvas.

– No último domingo, a luz foi embora às 3 horas e só voltou a partir das 10 horas. A cidade inteira de Manaus ficou sem luz por, no mínimo, 4 horas. Na segunda-feira, a cidade voltou a ficar às escuras e, segundo a fornecedora, o problema foi decorrente do apagão da véspera – relatou.

Vanessa Grazziotin lamentou a paralisação da capital – que tem dois milhões de habitantes, 500 fábricas e é detentora do sexto maior produto interno bruto do país – por falta de luz e, em decorrência disso, de água. Também reclamou dos prejuízos à população, ao comércio, às escolas, à Zona Franca de Manaus e ao polo eletroeletrônico, o maior da América Latina.

A senadora informou que numa reunião desta quarta-feira (21), com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e com o líder do governo, Eduardo Braga (PMDB-AM), ela pedirá a formação de um grupo de técnicos e acadêmicos de Manaus que acompanhe a Amazonas Energia na tentativa de resolver a demanda.

Ela afirmou que o governo federal destinou R$ 3,2 bilhões para a Eletrobras investir na Região Norte, dos quais mais de 700 milhões seriam usados exclusivamente no sistema de distribuição de eletricidade.

Na cobrança por ações de prevenção aos blecautes, Vanessa Grazziotin lembrou que a presidente Dilma Rousseff, no período entre os turnos das eleições de 2010, ouviu dos parlamentares do Amazonas e do governador Omar Aziz que as prioridades do Amazonas eram um sistema de energia mais seguro e a Zona Franca de Manaus.

– Certamente, se fosse em São Paulo, a reação seria outra, não seria tão passiva – desabafou.

Agência Senado