Sem categoria

Dia da Mulher: Sem-Teto denuncia estupradores da Rota

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) vão destacar, nas comemorações do Dia da Mulher, neste 8 de março, “o massacre do Pinheirinho e o horror dos estupros cometidos pela Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA), da Polícia Militar de São Paulo, contra duas mulheres durante o despejo do Pinheirinho”. E anuncia a realização de um grande ato para denunciar os criminosos da Polícia Militar.  

 “Enquanto houver a Rota para nos massacrar haverá força e lutas, muitas lutas das mulheres trabalhadoras!”, diz o MTST, alertando que “hoje, a data é tratada pela mídia e pelos ricos como um dia de comemoração para todas as mulheres. Eles dizem que as mulheres só tem o que comemorar, pois conseguiram igualdade perante os homens e alcançaram o mercado de trabalho”.

Para as mulheres trabalhadoras, a realidade é outra, denunciam os líderes sociais. Elas continuam tendo que trabalhar cada vez mais e, muitas vezes para sustentar toda uma família. Elas ainda carregam o papel de cuidar e educar seus filhos, além de cuidar da casa, limpando, lavando e cozinhando. Em muitos casos estão expostas à violência dentro e fora de casa.

Para eles, essa situação não abate as mulheres pobres. “Nas ocupações e lutas do MTST, por exemplo, são maioria. Coordenam, organizam e mostram muita disposição de luta pra enfrentar governos e patrões”, dizem, destacando que “a luta permanente é o real significado do 8 de março para os homens e mulheres do MTST! Querem nos calar com violência e repressão. Mas nós gritaremos mais alto: Não Esqueceremos!”

Parte mais explorada

“Tudo isso mostra que as mulheres trabalhadoras são a parte mais explorada e oprimida da sociedade. Nada tem em comum com as mulheres ricas que vivem esbanjando e ajudando a nos explorar”, explicam os líderes sociais.

E enfatizam que “essa condição absurda se agrava e muito nas periferias das grandes cidades brasileiras. Sofremos com a falta de moradia, saneamento, transporte, entre outras coisas. É nas periferias que se completa a exploração e opressão machista do capital. Problemas como o alcoolismo, as drogas, a violência, a repressão policial se abatem pesadamente nas periferias e, com mais peso ainda sobre as mulheres”.

O dia 8 de março é reconhecido como dia internacional das mulheres porque nesse dia, em 1857, mulheres trabalhadoras morreram quando faziam uma greve em uma fábrica dos Estados Unidos. Em luta por salários, redução de jornada de trabalho e melhores condições de vida, milhões de mulheres trabalhadoras já derramaram seu sangue.

De Brasília
Márcia Xavier