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Oposição chilena exige que pare a violência policial

Líderes dos partidos da oposição chilena criticaram a atuação policial frente às manifestações sociais no país e asseguraram que este será o tema principal do Congresso a partir do encerramento nesta semana do recesso dos trabalhos legislativos.

A presidente do Partido pela Democracia, Carolina Tohá, disse que não se descarta a ideia de promover no Parlamento um recurso de interpelação ao ministro do Interior, Rodrigo Hinzpeter, a partir das responsabilidades políticas do governo nos procedimentos repressivos dos Carabineiros.

A responsabilidade principal recai sobre a autoridade, o governo que nos dirige; e governo optou por um discurso beligerante que desqualifica a mobilização social e que a trata como se fosse uma ação criminosa, sublinhou Tohá.

Ela ressaltou que é preocupante ver como a repressão e a violência se transformam em algo normal no Chile e já estão alcançando níveis vistos apenas na ditadura.

O deputado e presidente do Partido Comunista do Chile, Guillermo Teillier, denunciou igualmente a criminalização do protesto social e instou o titular do Interior a terminar com política repressiva para com o movimento social.

Com respeito à mobilização da Patagônia, o deputado independente Sergio Aguiló, presente na região, afirmou que a repressão foi muito dura e injustificada e que junto ao também legislador socialista Fidel Espinoza está reunindo os antecedentes necessários para apresentá-los na Comissão de Direitos Humanos da Câmara baixa.

Como consequência da ofensiva policial nas últimas semanas, três pessoas perderam um olho e há dezenas de feridos.

Prensa Latina