Senado debate cirurgia reparadora de mama

Embora a Lei 7.979/99 assegure cirurgia plástica para mulheres que perderam a mama devido ao tratamento de câncer, hoje só 20% das mutiladas faz a cirurgia reparadora. As Comissões de Assuntos Sociais (CAS) e de Direitos Humanos (CDH) do Senado realizam audiência pública na próxima terça-feira (14/2), a pedido da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), para debater a pouca efetividade dessa lei e outros assuntos relacionados à mama.

“Propus o debate para entendermos onde está o problema. A lei existe e existe grande número de mulheres precisando da cirurgia. Temos que entender onde está o nó dessa questão para desatá-lo”, disse a senadora.

De acordo com a parlamentar o câncer de mama é o segundo que mais mata mulheres. Seu tratamento cirúrgico resulta, com muita frequência, em mutilação. Segundo informações do Instituto de Câncer no Brasil o controle desta doença na mama no país esbarra em duas dificuldades: o tratamento e o diagnóstico tardio.

Mutirão – A audiência servirá também para o detalhamento do mutirão de cirurgia plástica para reconstrução de mama que a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica vai realizar em março em todo o Brasil. Segundo Vanessa, que está articulando o apoio do Senado para o evento, o mutirão ocorrerá simultaneamente em várias cidades brasileiras.

A senadora está articulando também a realização do mutirão em Manaus. “Estamos entrando em contato com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica do Amazonas e a Secretaria de Saúde do Estado. Queremos que o número de mulheres a receber o benefício no Amazonas seja o maior possível”, disse. A previsão é que no Brasil todo 500 mulheres tenham suas mamas reparadas.

Estão confirmados para a audiência pública: o médico Luciano Chaves, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica; José Eduardo Fogolin Passos, coordenador geral de alta e média complexidade do Departamento de Atenção Especializada do Ministério da Saúde; e o Vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Carlos Vital Tavares Corrêa Lima.

Foram convidados também representantes da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) e da Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos reprodutivos.

Próteses de silicone – O evento ainda vai abrigar debate proposto pela senadora Ana Amélia (PMDB-RS) sobre problemas envolvendo próteses de silicone das marcas PIP (Poli Implant Prothese) e Rofil. Para essa questão específica foram convidados: o diretor da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbamo; presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (ABRAMGE), Arlindo de Almeida; presidente da Associação das Vítimas da PIP, Rodrigo Wobeto, e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, José Luiz Pedrini.

Assessoria de Comunicação