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Bahia: PM deixa prédio da Assembleia

No começo da manhã desta quinta-feira (9), os 245 policiais grevistas que ocupavam a Assembleia Legislativa da Bahia, desde o dia 31 de janeiro, deixaram o prédio. No entanto, a desocupação não sinalizou o término da greve.

De acordo com declaração à imprensa do tenente-coronel Márcio Cunha, a desocupação foi pacífica e dois mandados de prisão foram cumpridos. Um contra Marco Prisco, presidente da Associação dos Policiais, Bombeiros e de seus familiares da Bahia (Aspra) e outro contra Antônio Paulo Angelini.

Desde a quarta-feira (8), o comando do Exército endureceu o cerco contra os ocupantes da Assembleia. Além da ampliação do número de militares ao redor do prédio – que foi de 1030 para 1400 –, os ocupantes foram impedidos de receber água, comida e remédios, e tiveram a luz e o fornecimento de água encanada cortados.

Ainda segundo o tenente-coronel Márcio Cunha, responsável pela comunicação da operação, todos passaram por uma vistoria do Exército antes de deixar o local. Após a saída, o Exército iniciou uma varredura. Ainda não há informação sobre a existência de armas no prédio ou de armas apreendidas.

Proposta do Governo da Bahia

Em nota à imprensa, o governo estadual da Bahia disse estar aberto para as negociações, porém afirmou que não fará vista grossa para os abusos realizados durante a greve. E pediu que os manifestantes retornassem às suas atividades.

Ainda segundo a nota, o governo reafirmou a proposta de reajuste de 6,5% retroativo a janeiro e do pagamento partilhado da Gratificação de Atividade Policial (GAP) 4 e 5 entre 2012 e 2015. Sendo que a primeira parcela será paga em novembro deste ano.

Sobre a desocupação da Assembleia e a finalização da greve, ainda não houve pronunciamento do governo.

Mandatos de prisão

Ainda restam oito mandados de prisão a ser cumpridos. Ao sair do prédio, os policiais que não tinham prisão decretada foram embora em seus próprios carros.

Joanne Mota, com agências