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Indignados promovem dia de solidariedade e não violência nos EUA

O grupo Ocupar Universidades, ramo do movimento estadunidense Ocupar Wall Street (OWS), convocou hoje a um Dia Nacional de Solidariedade com os indignados da cidade californiana de Oakland, vítima da violência policial em dias recentes.

"O dia busca denunciar qualquer tipo de repressão contra os ativistas, ações que não são aceitáveis nem serão toleradas independentemente do lugar onde se efetuem", indica a convocação do grupo em sua página digital.

O chamado dos pacifistas também busca incentivar a solidariedade com todos os campus universitários do país que têm sido vítimas da violência policial e táticas de intimidação.

A Universidade de Davis na Califórnia é um dos centros onde se reprimiu os estudantes que participam das manifestações.

Em novembro de 2011, vários vídeos pendurados nas redes sociais mostraram um agente atirando gás de pimenta na cara de jovens sentados no andar, ação que levou a fortes críticas nacionalmente.

Durante os incidentes, 11 pessoas foram afetadas pelos efeitos do spray, o qual se utiliza para dissipar distúrbios ou em caso de defesa pessoal e que queima os olhos e o nariz, causando tosse, náuseas e dificuldade para respirar.

As atividades desta quarta-feira incluem uma greve de 24 horas, a qual busca promover um compromisso de Não Violência, indicou o texto.

Uns 400 manifestantes pacíficos do movimento Ocupar Oakland foram presos e vários feridos depois que policiais reprimiram uma manifestação nessa cidade, em 29 de janeiro.

Imagens de vídeos amadores em blogs da imprensa independentes mostraram dúzias de manifestantes sentados com as pernas cruzadas, em atitude inofensiva, em frente ao Centro de Convenções Henry J. Kaiser, o qual se encontra desabitado.

No entanto, os agentes da ordem pública recorreram a gases lacrimogêneos e balas de borracha porque, segundo o Departamento Policial de Oakland, alguns ativistas lançaram "tubos de metal, latas de aerossol e pequenos pedaços de madeira".

Desde outubro de 2011, dito departamento prendeu mais de 600 ativistas de OWS, indicou o jornal estadunidense The Nation.

Nas ações deste fim de semana, sete jornalistas também foram conduzidos à penitenciária depois que os soldados não aceitaram suas credenciais de repórteres de vários meios, com o que se violou uma vez mais o procedimento para cobrir acontecimentos, comentou a publicação.

Até o momento, as autoridades encarceraram mais de  6.430 ativistas em umas 110 cidades do país nortenho, confirmou um informe da página digital occupyarrests.com, a qual mantém esses arquivos desde o início de OWS em 17 de setembro de 2011.

OWS iniciou suas ações em Nova Iorque para exigir à Casa Branca medidas favoráveis à classe trabalhadora, severamente afetada pela crise econômica e uma elevada taxa de desemprego, atualmente em 8,5 por cento.

Desde então o movimento social estendeu-se às principais cidades da nação para criticar o poder desmedido dos megabancos e as inequidades geradas pelo sistema capitalista.

Fonte: Prensa Latina