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Família de Kadafi solicitou investigação de assassinato

O advogado da filha de Muamar Kadafi apresentou uma solicitação à Corte Penal Internacional (CPI) para investigar o assassinato do líder líbio, assinala nesta quinta (19) o canal de televisão Russia Today (RT).

Nick Kauman, um advogado israelense contratado por Aisha Kadafi, declarou ao canal que enviou uma solicitação ao procurador principal da CPI – órgão que, recordou, reconheceu publicamente a morte de Kadafi como um crime de guerra.

O advogado assinalou que, em resposta a sua solicitação, a referida instância judicial argumentou que era necessário conceder cinco meses de prazo para ver se as atuais autoridades líbias podem resolver o caso, para só então analisar o que se pode fazer.

Além disso, a Corte alegou também a possibilidade de o tema ser regido pelo princípio complementar, isto é, se as autoridades podem realizar a investigação, lhes é concedida essa oportunidade, mas Kauman estima que na Líbia não exista nem a vontade nem a capacidade para fazer isso.

O advogado israelense destaca, sobretudo, que a investigação do assassinato de Kadafi é uma operação complexa que deveria ter se iniciado no mesmo dia do crime ou no máximo uma semana depois, pois não se trata de um fato que possa postergar-se durante meses.

Para a investigação, é necessário registrar o local dos fatos e declarações de testemunhas, efetuar exames balísticos e de outro tipo, e inclusive uma autópsia do cadáver do líder líbio, sublinhou.

Cabe recordar que a Corte Penal Internacional teve todas as condições para iniciar há muito tempo a indagação, pois é sabido que conta com os melhores criminalistas do mundo, afirmou Kauman.

No entanto, comparou, as duas ordens de detenção por supostos crimes de guerra emitidas contra o dirigente líbio foram aprovadas de imediato pela Corte, ainda quando não existiam todos os argumentos para fazer isso.

Além disso, refere-se ao caso Saif al Islan, filho de Kadafi e que deve ser julgado no país norte-africano por supostos crimes contra a humanidade, mas o advogado põe muito em dúvida um julgamento justo na Líbia, onde dirigentes da oposição armada chegaram ao poder.

Fonte: Prensa Latina