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Indignados nos EUA homenagearam Martin Luther King

O movimento Ocuppy Wall Street realizou neste domingo (15/01) em várias cidades dos Estados Unidos vigílias para comemorar o nascimento de Martin Luther King, cujo sonho de igualdade racial e econômica é compartilhado também pelos chamados "indignados".

Em seu site, integrantes do Occupy haviam convocado seus seguidores a reunirem-se e iluminarem moradias, centros de trabalho, praças e lugares públicos neste domingo a fim de compartilhar uma mensagem de promoção de um mundo mais equitativo.

Os manifestantes indicaram que em outras nações seriam realizadas ações similares às previstas em Nova York, Nova Orleans, e outras metrópoles norte-americanas, para recordar o 83º aniversário de Martin Luther King.

"Nos uniremos para dar força a um grande sonho global, que todos temos sonhado durante milhares de anos. Cantaremos porque as canções pela liberdade são a alma deste movimento; juntos faremos que o sonho de King seja realidade", indicou o movimento em um comunicado.

Nos últimos dias, os indignados voltaram a chamar a atenção da mídia depois que cerca de 300 integrantes em Nova York retornaram ao Parque Zuccotti, no sul de Manhattan, lugar onde os protestos começaram.

A ação foi possível depois que as autoridades levantaram as barricadas que cercavam o parque desde 15 de novembro, quando centenas de policiais desalojaram os ativistas e colocaram as barreiras para evitar que estendessem ali seus sacos de dormir e suas barracas de campanha.

Membros do Ocuppy na cidade anunciaram na última sexta-feira (13) que manterão seu acampamento na Praça McPherson, apesar das autoridades terem solicitado seu desalojamento.

O grupo deixou claro que não tem intenção de abandonar o lugar e alertou que qualquer tentativa de tirá-los dali seria "contraproducente para a segurança dos ocupantes".
Nos últimos meses, os desalojamentos e detenções dos ativistas chegaram até mesmo às portas da Casa Branca e do Congresso.

Diversas denúncias confirmam o uso de violência desproporcional contra aqueles que se consideram os 99 por cento da população, em oposição ao um por cento, que são os que concentram as riquezas do país.

Os indignados têm enfrentado as baixas temperaturas do inverno, bem como a repressão e a ação violenta das autoridades que chegou, inclusive, até o uso de gás pimenta, apesar das marchas e concentrações terem sido pacíficas.

As ações cívicas no país cobraram um novo ímpeto após 17 de setembro, quando centenas de norte-americanos se congregaram em frente a Wall Street para denunciar as inequidades existentes na primeira economia do mundo.

Fonte: Prensa Latina