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Indignados nos EUA comemoram nascimento de Martin Luther King

O movimento Ocupar Wall Street (OWS) realizou no domingo em todo o país vigílias para comemorar o nascimento de Martin Luther King, cujo sonho de igualdade racial e econômica é compartilhado também pelos chamados "indignados".

Em seu site, integrantes do OWS chamaram seus seguidores a reunir-se e iluminar moradias, centros de trabalho, praças e lugares públicos no domingo a fim de compartilhar uma mensagem de promoção de um mundo mais equitativo.

Indicaram que em outras nações se realizarão ações similares às previstas em Nova York, Nova Orleans, e outras cidades estadunidenses, para recordar o 83º aniversário do nascimento do lutador social.

Estaremos unidos para dar força a um grande sonho global, que todos temos sonhado durante milhares de anos.

Cantaremos porque as canções pela liberdade são a alma deste movimento; juntos faremos com que o sonho de Luther King seja realidade, indicaram em um comunicado.

Em dias recentes, os indignados voltaram a chamar a atenção da mídia depois que uns 300 integrantes do OWS em Nova York retornaram ao Parque Zuccotti, no sul de Manhattan, o lugar onde iniciaram os protestos pacíficos.

A ação foi possível depois que as autoridades levantaram as barricadas que cercavam o parque desde 15 de novembro, quando centenas de policiais desalojaram os ativistas e colocaram as barreiras para evitar que estendessem ali seus sacos de dormir e suas barracas de campanha.

Membros do OWS em Washington anunciaram na sexta-feira que manterão seu acampamento na praça McPherson, apesar de o prefeito da cidade ter solicitado seu desalojamento.

O grupo deixou claro que não tem intenção de abandonar o lugar e alertou que qualquer tentativa de tirá-los dali seria "contraproducente para a segurança dos ocupantes".

Em meses passados os desalojamentos e detenções dos ativistas chegaram até mesmo às portas da Casa Branca e do Congresso.

Diversas denúncias confirmam o uso de uma inusitada violência contra os que se classificam como 99 por cento da população, em oposição ao um por cento, que são os que concentram as riquezas do país.

Os indignados têm enfrentado as baixas temperaturas dos meses de inverno, bem como a repressão e a ação violenta das autoridades que chegaram, inclusive, a usar gás pimenta, apesar de que as marchas e concentrações tenham sido pacíficas.

As ações cívicas no país cobraram um novo ímpeto após 17 de setembro, quando centenas de estadunidenses se congregaram em frente a Wall Street para denunciar as iniquidades existentes na primeira economia do mundo.

Prensa Latina