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Catar criou força mercenária antissíria, denuncia israelense

O Catar financia e arma uma força de intervenção, com base na Turquia, para introduzi-la na Síria com o objetivo de derrubar o governo do presidente Bashar al-Assad, denuncia o portal digital israelense DEBKAFile.

De acordo com essa informação, divulgada nesta quinta-feira pela agência de notícias Cham Press, o contingente, integrado por mercenários de vários países da região, mais sírios radicais da Irmandade Muçulmana, foi batizado de Exército Sírio de Libertação.

A denúncia especifica que essa força financiada por Doha está constituída sob a forma de batalhões e brigadas militares em acampamentos, em território turco, com a autorização do governo de Ancara, próximos à fronteira com a Síria.

Neste mês a guarda fronteiriça síria abortou quatro tentativas de infiltração de grupos armados, e no último caso, na madrugada da quarta-feira, em Idleb, infligiu mortos e feridos aos agressores, que eram apoiados por um grupo já em solo sírio.

Uma informação da agência de notícias síria SANA, que citou as autoridades dessa província localizada ao norte do país, diz que o grupo utilizou grande quantidade de armamentos, uniformes militares e modernos dispositivos de comunicação.

A informação do meio israelense acrescenta que o Catar decidiu impulsionar esse plano após a derrubada e o assassinato do líder líbio Muamar el-Kadafi.

As monarquias de Doha e Arábia Saudita aprovaram conjuntamente tal conspiração, e inclusive concordadam em atribuir ao chefe do Estado Maior do Catar, General Hamas Ali al-Attiya, a chefia do exército antissírio para assegurar um rápido deslocamento na fronteira turco-síria.

Segundo a informação, até agora foram recrutados cerca de 2.500 homens, de um total de 20 mil. O núcleo principal é formado por mil membros do chamado Grupo Islâmico de Combate na Líbia (IFGL, em suas siglas em inglês), que enfrentou Kadafi com o apoio da Otan, e outros mil vêm de uma organização extremista iraquiana.

O DEBKAFile diz que o Catar já transportou esses efetivos da Líbia e Iraque ao povoado turco de Antakya, ao sul, na província fronteiriça de Hatay.

Como outras investigações já revelaram, o comandante-em-chefe da chamada missão antissíria, com base em Antakya, é Abdel Hakim Belhaj, um colaborador de Osama Bin Laden, cuja milícia tomou o controle da capital líbia, Tripoli, em agosto passado, com respaldo da Otan.

Oficiais do Catar estabeleceram meios de comunicação entre o acampamento onde se encontram os mercenários sírios com a base dos iraquianos, para coordenar as operações do tal "Exército Sírio de Libertação".

O site DEBKAFile assinala que os militares e os serviços de inteligência turcos observam as atividades, mas não interferem.

A força mercenária extremista de intervenção antissíria, financiada pelo Catar e a Arábia Saudita – que têm canalizado somas milionárias para custear a hostilidade contra Damasco –, tem o silencioso respaldo dos Estados Unidos e outros membros da Otan, com a Turquia à frente desse grupo de apoio, afirma o meio israelense.

Por outro lado, a agência de notícias SANA informou hoje que um grupo armado assassinou oito pessoas de uma família no povoado de Kfar Nabouda, zona rural da central província de Hama, além de sequestrar cinco de seus parentes e incendiar suas moradias.

Indivíduos armados tentaram sequestrar um membro da família, sendo impedidos por outros familiares. Posteriormente o grupo armado completo regressou e os atacou com armas de vários calibres, relata a SANA.

Também em Hama, soldados do exército conseguiram desmantelar três explosivos colocados por gangues em diversos pontos dessa cidade central.

A agência também informa que um grupo armado sabotou uma linha de alta tensão de 230 Kv que liga duas estações de energia entre Daraa e Sweida.

Tudo isso acontece quando neste momento encontra-se na Síria a missão observadora da Liga Árabe, parte de um plano da organização regional, que tem o Catar como presidente de turno, para supostamente pôr fim à crise neste país.

Fonte: Prensa Latina