Sem categoria

Geraldo Alckmin reduz investimento em SP em 2011

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) reduziu os investimentos no Estado em seu primeiro ano de gestão, deixando de lado meta que fixou na campanha eleitoral do ano passado. Para elevar a popularidade, celebrou parcerias com a presidente Dilma Rousseff para associar programas estaduais às três maiores vitrines da administração petista: Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.

Com a diminuição do orçamento, o governador paulista não conseguirá cumprir a meta estipulada por sua equipe econômica. O valor, R$ 16 bilhões, já era menor que os R$ 20 bilhões aprovados no Orçamento. Mas, nem assim o governo conseguiu atingir o objetivo.

Alckmin investirá R$ 12 bilhões com investimentos até o fim do ano, 37% menos do que seu antecessor, José Serra (PSDB), realizou no último ano de seu mandato, e 40% menos do que a previsão orçamentária. 

Obras paradas

O governador encontrou dificuldades para tirar do papel obras importantes, como a Linha 5 do Metrô, embargada pela Justiça depois que a imprensa publicou matérias apontando possíveis fraudes na licitação.

Houve também uma decisão política de injetar dinheiro na ampliação de serviços, com a reformulação do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) e dos postos do Poupatempo, o que inflacionou gastos com custeio.

Servidores

Alckmin também reservou recursos para oferecer aumentos, numa tentativa de fazer as pazes com o funcionalismo descontente, após anos de atrito com o governo do estado, que concedeu reajustes a servidores da Educação, Saúde e Segurança Pública. No entanto, pagou somente uma parte neste ano e fatiou o restante em três anos.

E para obter mais recursos a política tucana seguirá sua cartilha: congelamento de salários e gastos com custeio. Isso porquê não há como obter recursos como, por exemplo, a venda de ativos, como fez José Serra – que contou com R$ 26 bilhões de receitas extraordinárias, fruto da venda de ativos do Estado como a Nossa Caixa e concessões de rodovias. 

Segundo o secretário da Fazenda, Andrea Calabi, os investimentos do governo atingirão R$ 80 bilhões no fim dos quatro anos de mandato, mais que os R$ 62 bilhões gastos por Serra em sua gestão.

Com informações da Folha de S. Paulo