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Mulheres discutem aborto e diversidade sexual em conferência

Ausentes dos discursos da presidente Dilma Rousseff e da ministra Iriny Lopes (Mulheres) na abertura da 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, alguns temas polêmicos devem permear as discussões do congresso até quinta-feira.

Garantia de oferta da pílula do dia seguinte no SUS, descriminalização do aborto, assistência a casos de aborto ilegal, campanhas nas escolas sobre diversidade sexual, cota nos cargos comissionados e a aprovação de marco regulatório na comunicação para inibir a difusão de conteúdo discriminatório foram assuntos levantados nas conferências estaduais e que serão analisados pelas 3.000 delegadas que se reúnem em Brasília.

As diretrizes aprovadas nesta conferência darão embasamento para a elaboração, pelo governo federal, do 3º Plano Nacional de Políticas para as Mulheres.

Ao dar entrevista na segunda-feira, Iriny afirmou que o debate sobre a descriminalização do aborto deve ser feito entre movimento social e Congresso. Ela lembrou o compromisso feito pela então candidata Dilma de não capitanear alteração na lei nesse sentido.

A revisão da lei sobre aborto é um debate chancelado por dez Estados em suas conferências prévias.

Quinze Estados também indicaram a necessidade de aprovar a reforma política garantindo cota para mulheres nos postos de decisão dos partidos e nos cargos comissionados de governos.

Outra ponto levantado foi a aprovação de um marco regulatório da comunicação, como forma de inibir a difusão de conteúdos discriminatórios, questão posta por seis Estados.

Este ano, uma das principais polêmicas envolvendo a Secretaria de Políticas para as Mulheres foi a tentativa de suspender a campanha em que Gisele Bundchen aparece de lingerie como sendo a forma certa de dar uma má notícia ao marido. O Conar manteve a propaganda no ar.

Fonte: Folha.com