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Dilma vai a Caracas participar de cúpula pela integração

A presidente Dilma Rousseff viaja amanhã (1º) para Caracas, Venezuela, onde participa nos dias 2 e 3 da 3ª Cúpula da América Latina e do Caribe (Calc) que fundará formalmente a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Ela se reunirá com o líder anti-imperialista Hugo Chávez, presidente da República Bolivariana da Venezuela, e com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Dilma se encontrará também com vários dos presidentes presentes ao encontro.

As discussões incluem os impactos da crise econômica internacional e o combate à pobreza por meio da inclusão social e do desenvolvimento sustentável. A ideia é reunir os 33 chefes de Estado e de governo que integram a Celac para consolidar a proposta comum de desenvolvimento regional, aproveitando o dinamismo econômico do momento.

No encontro, serão assinados três documentos considerados peças-chave para a consolidação do novo bloco. Um deles se refere aos procedimentos da Celac – estabelecendo datas e metas; no outro, há a declaração final do grupo na qual são expostas as propostas e, por fim, o terceiro que é relativo à defesa da democracia e da ordem constitucional na região.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, o Brasil mantém embaixadas permanentes em todos os países da Celac. Os números mostram ainda que a corrente de comércio com os países da região cresceu cerca de quatro vezes em oito anos, no período de 2002 a 2010.

O intercâmbio comercial do país com a América do Sul, América Central, México e Caribe atingiu, em 2010, US$ 78 bilhões. Em 2011, até setembro, o intercâmbio comercial com a região alcançou US$ 69 bilhões.

Correa critica OEA

Em declarações à imprensa, o presidente do Equador, Rafael Correa, declarou que o país participará da Celac com muitas expectativas e com a aspiração de que ela substitua a Organização dos Estados Americanos (OEA).

Ele pontuou diversas ações do organismo em favor dos interesses estadunidenses, mas contra a soberania dos povos latino-americanos, como o caso da Guerra das Malvinas, em que o órgão violou o Tratado Interamericano de Proteção Recíproca quando os Estados Unidos não apoiaram um de seus membros, a Argentina, mas o fizeram a um país extrarregional, ficando ao lado da Grã-Bretanha.

Ele ressaltou ainda sua convicção de que é necessária uma mudança profunda no sistema interamericano e que ele seja basicamente latino-americano, porque é claro o poder de gravidade dos Estados Unidos.

Histórico

A primeira reunião da Cúpula da América Latina e do Caribe (Calc), que lançou a ideia de criar a Celac, foi em 2008, na Bahia. Em 2010, no México, houve a segunda reunião na qual os líderes políticos decidiram criar a Celac, a partir da fusão da Calc e do Grupo do Rio – entidades que englobavam os líderes políticos dispostos a buscar a integração da região.

Com informações da Agência Brasil e da Prensa Latina