PF anuncia duas operações: contra drogas e contra corrupção

Só em Mato Grosso, serão cumpridos 28 mandados de prisão e 32 mandados de busca e apreensão nas cidades de Cáceres, Porto Esperidião, Cuiabá, Várzea Grande, Barra do Garças, Mirassol D'Oeste, Lambari D'Oeste, Glória D'Oeste, Curvelândia, Araputanga e São José dos Quatro Marcos.

Outros estados onde os madados serão cumpridos são Goiás, Tocantins, Pará, Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Maranhão, Alagoas, Rio Grande do Norte e Piauí.

As investigações começaram em janeiro deste ano, com um principal suspeito que morava em Porto Esperidião (MT), com contatos em Minas Gerais. Desde o início da apuração, foram presas em flagrante 18 pessoas e apreendidos 230,5 quilos de pasta base de cocaína e R$ 40.000,00 em espécie e diversos automóveis.

A PF disse que alguns dos investigados já estão presos e receberão novo mandados de prisão. Seus nomes não foram investigados.

O nome Mahyah significa "máfia" em dialeto da Sicília e "audacioso", em árabe.

Anjos do asfalto

Outra operação desencadeada hoje, pela PF com apoio do Ministério Público Federal (MPF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), foi a Anjos do Asfalto, para combater um grupo organizado atuante no desvio de verbas públicas federais no Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), em Rondônia e no Acre. Até o momento, estima-se que os recursos públicos federais desviados ultrapassem a cifra de trinta milhões de reais.

Serão cumpridos 27 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, em oito estados (MG, RO, SP, RJ, MA, PI, AC e DF), envolvendo mais de 160 policiais federais e 20 analistas da Controladoria-Geral da União.

A Justiça Federal também determinou o imediato afastamento do cargo de cinco agentes públicos que deveriam fiscalizar e acompanhar a execução da obra de pavimentação asfáltica da BR-429, que liga o município de Presidente Médici à Costa Marques/RO.

Após sete meses de investigação,há indicativos de que a empresa executora da obra utilizou material de baixa qualidade e não tem feito serviços nos termos do contrato, descumprindo o projeto.

Foram constatadas práticas de formação de quadrilha, falsificação de documento público, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva e ativa. A inteligência da PF descobriu que agentes públicos que deveriam fiscalizar a execução da obra eram coniventes e omissos em relação às irregularidades, mediante promessa e recebimento de vantagens indevidas. Eles também atuavam em conjunto com a empresa para driblarem a fiscalização de órgãos de controle.

O nome da Operação “Anjos do Asfalto” faz uma referência a grupos de pessoas que atuam no país prestando socorro a pessoas que sofrem acidentes automobilísticos nas rodovias do país, numa referência ao objetivo da investigação que é desarticular um grupo criminoso que estava desviando recursos públicos federais que deveriam ser corretamente utilizados para a pavimentação asfáltica de uma importante rodovia federal.

Com informações da Polícia Federal