Lisboa cobra apoio para o setor pesqueiro no Amazonas
A maior preocupação do deputado Wilson Lisboa, líder do PCdoB na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), é com os 385 mil pescadores que tiram da pesca o sustento para as famílias. Segundo o parlamentar, a captura do jaraqui, pacu e tambaqui são autorizados, mas acontece de forma exagerada.
Publicado 08/11/2011 12:44 | Editado 04/03/2020 16:11
“Os pescadores não recebem apoio dos setores responsáveis pela pesca e por isso acabam abusando. Se continuar assim, espécies como o jaraqui e pacu não vão mais chegar à mesa da população”, disse o deputado.
De acordo com Lisboa, há 15 anos, o setor pesqueiro capturava por ano cerca de 400 mil toneladas de peixes. Hoje a produção de pescado no estado do Amazonas caiu para apenas 200 mil toneladas.
“Isso quer dizer, que em menos de 10 anos, perdemos 50% da produção pesqueira. Só revela que os peixes estão sendo capturados antes de se reproduzirem. E isso é o que não pode acontecer”, alertou Lisboa.
O deputado voltou a alertar para a extinção do tambaqui. Ele afirmou que é preciso criar alternativas para coordenar e diversificar o trabalho daqueles que usam a pesca como principal fonte de renda.
Para se ter uma ideia, segundo o parlamentar, o orçamento do estado para 2012, que está tramitando na casa direciona apenas R$ 20 milhões para os quatros setores que cuidam da pesca no Amazonas, que são: Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (SDS), Secretaria de Produção e Abastecimento (SEPROR) e Secretaria de Pesca do Amazonas (SEPA).
“Sendo que o seguro defeso, benefício de quatro salários mínimos, concedido aos pescadores cadastrados são de R$ 130 milhões a cada ano. Um valor maior que o governo propõe para os setores em 2012”, disse.
Lisboa chama atenção para a criação de alternativas que possam de alguma forma estabelecer uma suspensão da pesca destas espécies que correm o risco de desaparecer.
De Manaus,
Samira Benoliel