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Médicos reivindicam melhores condições no SUS, no Rio

Médicos do Rio de Janeiro participaram hoje (25) do protesto nacional da categoria contra as más condições de assistência, a falta de recursos e os baixos salários oferecidos no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o Cremerj, a precariedade da carreira na rede pública está gerando déficit em algumas especialidades como pediatria, clínica médica e ortopedia.

Com apoio de um carro de som, um grupo de profissionais ocupou as escadarias da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), no centro, para pedir a atenção da população e das autoridades.

Segundo a presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio (Cremerj), Márcia Rosa de Araújo, entre as principais reivindicações estão a convocação imediata dos aprovados em concursos públicos ainda válidos, a realização de novos concursos com salário de R$ 9.188,72 – piso defendido pela Federação Nacional dos Médicos – e um aumento da tabela de repasse do SUS aos hospitais conveniados.

Para ela, é “inaceitável” que o setor não seja beneficiado pelo crescimento econômico que o país vive nos últimos anos. Se nada for feito para melhorar as condições de trabalho e a remuneração dos médicos, segundo Márcia Rosa, a tendência é que os atendimentos prestados se tornem cada vez piores e mais distantes das necessidades da população.

“A situação é muito grave. Quando o paciente encontra o médico [na rede pública de saúde], não encontra o tomógrafo. Quando encontra o tomógrafo, não encontra o médico”, exemplificou Márcia.

“Se a situação não mudar, isso vai piorar. Com concursos que preveem salários, em algumas prefeituras, em torno de R$ 1 mil, os médicos não vão se submeter e as peregrinações de pacientes vão aumentar.”, concluiu.

Diferentemente dos protestos em outros estados, onde a categoria decidiu suspender os atendimentos eletivos hoje, no Rio de Janeiro não houve alteração nos serviços prestados nas unidades de saúde das redes municipal de estadual.

No hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, referência para os municípios da Baixada Fluminense, as consultas marcadas para hoje foram mantidas e a emergência funcionou normalmente durante toda a manhã.

Fonte: Agência Brasil