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Greve dos bancários chega ao fim com conquistas para a categoria

Chega ao fim a greve de 21 dias organizada pelos bancários em busca de reajuste real – a maior paralisação desde 2004. Na segunda-feira (17), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) informou que a maioria dos sindicatos dos bancários decidiu encerrar a greve e aceitou a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

Bancários encerram greve - Anderson Barbosa/Agência Estado

A categoria, uma das mais organizadas do país, volta ao trabalho nesta terça (18) após ter conseguido reajuste salarial de 1,5% acima da inflação (9% de aumento). Este é o oitavo ano consecutivo que os bancários conseguem aumento acima da inflação.

As propostas de reajuste já foram aprovadas pelos bancários das seguintes cidades: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Bahia, Mato Grosso, Campinas, Uberaba, Londrina, Criciúma, Blumenau, Teresópolis, Vitória da Conquista, Dourados e Campina Grande. Em outras localidades, as assembleias ainda continuam.

Além do ganho real, outra vitória foi o aumento na participação nos lucros das instituições financeiras, que cresceu 20% no primeiro semestre de 2011, em relação ao mesmo período de 2010. De acordo com relatório do Banco Central, o lucro dos bancos no Brasil cresceu R$ 4,5 bilhões no primeiro semestre deste ano, atingindo, nos doze meses encerrados em junho, R$ 59,7 bilhões.

Os trabalhadores bancários também conseguiram elevar o piso da categoria de R$ 1.250 para R$ 1.400 (alta 16,6%) e benefícios como auxílio-creche, vale e cesta alimentação.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, a presidente do sindicato dos bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, ressaltou que “as conquistas dos bancários terão reflexo em toda a sociedade”.

Ao contrário da greve dos Correios – que foi encerrada por determinação da Justiça – os bancários encerraram a paralisação sem interferência da Justiça e sem reposição dos dias perdidos. "Esse processo foi construído na mesa de negociação", disse Magnus Apostólico, diretor da Fenaban.

Da Redação, com informações da Agência Brasil e Folha de S. Paulo