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Dilma vai a África para ampliar cooperação entre países

A presidente Dilma Rousseff desembarcará em Durban, na África do Sul, na próxima semana, na terça-feira (18), para participa da 5ª Cúpula do Ibas, que reúne Índia, Brasil e África do Sul. Na ocasião, ela falará do interesse brasileiro em ampliar as parcerias na região.

Brasil e África

Outros destinos previstos na África são Pretória, capital política da África do Sul, Moçambique e Angola. A ideia é que Dilma visite Maputo, capital moçambicana, e Luanda, a angolana. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse, no início da semana, que o governo quer incrementar as relações comerciais e econômicas com os países em desenvolvimento.

Segundo o porta-voz da Presidência, Rodrigo Baena, em Pretória os três países vão tratar de projetos de cooperação. “Os governos da Índia, do Brasil e da África do Sul dão prioridade à cooperação Sul-Sul, com o objetivo de gerar contribuições efetivas no combate à desigualdade e a exclusão social”, explicou Baena.

Os laços do Brasil com Angola são estreitos desde 1975, quando o país foi o primeiro a reconhecer o governo independente angolano. Angola é um dos principais parceiros comerciais do Brasil na África, principalmente no setor da construção civil e nas áreas energética e de exploração mineral.

Outros acordos de cooperação estão em negociação com Angola, nas áreas de combate ao tráfico de drogas, geologia e minas e de Previdência Social.

Tanto para Moçambique quanto para Angola, as exportações brasileiras se concentram em produtos industrializados, carne de frango (congelada, fresca ou refrigerada), açúcar refinado, veículos de carga e chassis com motor e carrocerias para veículos automóveis.

Depois da viagem à África, a presidente deve se preparar para a Cúpula do G20 (o grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo), em Cannes, na França, nos dias 3 e 4 de novembro.

Os impactos da crise econômica mundial estarão na pauta do encontro, além do fracasso da Rodada de Doha. Dilma deverá lembrar os esforços feitos pelo governo brasileiro para diminuir os efeitos da crise, como ocorreu durante a participação dela nas discussões da União Europeia, na Bélgica.

Comércio triplicou em oito anos

Foram intensificadas as relações políticas, econômicas, comerciais e de ajuda humanitária, além da cooperação na agricultura, saúde e educação nos últimos oito anos. O comércio bilateral saltou de US$ 6 bilhões, em 2002, para US$ 19 bilhões, em 2009. O mesmo ocorreu com o número de embaixadas de países africanos no Brasil que, no mesmo período, aumentou de 18 para 30.

Na agricultura, o Brasil fornece tecnologia e experiência para transformar a cultura de subsistência em algo rentável, assim como estimular a agricultura familiar e as plantações para a exportação.

Em Moçambique, há pesquisas com a Savana. No Chade, em Benin, no Mali e em Burkina Faso ocorre um programa de estímulo à produção para exportação de algodão.

Na Saúde, o foco é prevenção e combate à aids. O tratamento e os medicamentos do programa executado no Brasil são exportados para países africanos. Na Costa do Marfim, em Camarões e na Nigéria o apoio do Ministério da Saúde é para o tratamento da anemia falciforme. A doença atinge principalmente um determinado grupo étnico que vive nestas regiões. A anemia é causada pela má formação dos glóbulos brancos no sangue reduzindo a perspectiva de vida.

Na educação, há parcerias com instituições de países de língua portuguesa como a Universidade Aberta e o Centro de Formação Profissional em Moçambique.

Novas viagens

Segundo a Presidência da República, há a possibilidade ainda de Dilma ir à Rússia em novembro, antes das eleições no país, atendendo a um convite do atual presidente russo, Dmitri Medvedev. De dezembro deste ano a março de 2012, os russos passarão por um processo eleitoral para a escolha de parlamentares e do futuro presidente da República.

Já em dezembro, Dilma quer visitar o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que se recupera de um câncer. Na ocasião estão previstas reuniões da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

O Uruguai também está na relação das visitas da presidente ainda neste ano.

Com agências