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Carteiros marcham em São Paulo, enquanto aguardam decisão

Cerca de 2.500 carteiros realizaram uma passeata hoje (3), na região do Jaguaré, Zona Oeste de São Paulo, onde fica o Centro de Triagem Principal (CTP) dos Correios, hoje (6) pela manhã, quando completam 22 dias de greve para reivindicar aumento do piso salarial. Decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre a greve deve sair até final desta tarde.

passeta carteiros em são paulo
 

“Estamos satisfeitos e impressionados com a adesão da categoria. Há mais de 20 dias de paralisação e continuamos firmes e fortes. A decisão de hoje pode mudar o rumo da greve. Mais isso, só vamos decidir amanhã, em assembleia”, disse ao Vermelho Elias Cesário de Brito Junior, o Divisa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Estado de São Paulo.

Ele se refere à decisão de uma audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), pedida pela direção da empresa, que acontece neste momento. Amanhã (5), às 11h, os funcionários dos Correios se reúnem em assmbleia no Clube da CMTC, na Avenida Cruzeiro do Sul, 808, para definir os novos passos da greve.

Caso os carteiros não aceitem a decisão do TST, que deve sair até o final desta tarde, o processo irá para um relator para julgamento do dissídio coletivo, pela Seção Especializada do tribunal. A direção dos Correios quer descontar os dias não trabalhados na proporção de um dia de greve por mês. Porém, os grevistas querem compensar os dias parados com horas extras e mutirões para colocar o serviço em dia.

A proposta da empresa é aumento linear de R$ 80 a todos os empregados, ajuste salarial e dos benefícios em 6,87% e abono imediato de R$ 500. Já os trabalhadores exigem aumento linear de R$ 200, além de reposição da inflação de 7,16% e aumento do piso salarial de R$ 807 para R$ 1.635. Outra reivindicação da categoria é a contratação imediata de todos os aprovados no último concurso público.

Na manhã de hoje, os grevistas também se concentraram em frente ao edifício-sede dos Correios, no Setor Bancário Norte, em Brasília, de onde começaram uma marcha, que seguiu até o TST, no fim da manhã.

Deborah Moreira, com agências