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Fidel: veto de Obama à Palestina carece de ética, moral e sentido

O líder da revolução cubana, Fidel Castro, afirmou nesta terça- (27) que "não há um pingo de ética e nem sequer de política" na tentativa do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de justificar o veto de seu país ao reconhecimento da Palestina como Estado independente. Segundo ele, as palavras do norte-americano não tiveram "autoridade moral" ou "sentido".

"As palavras de Barack Obama sobre o principal assunto discutido na Assembleia Geral da organização só podem ser aplaudidas pelos canhões, os foguetes e os bombardeiros da Otan", escreveu Fidel, na segunda e última parte de um artigo intitulado "Chávez, Evo e Obama".

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"Até políticos que em nada compartilham com o pensamento socialista e lideram partidos que foram estreitos aliados de Augusto Pinochet proclamam o direito da Palestina a ser membro da ONU", acrescentou.

No artigo, publicado nesta terça-feira pelos veículos de comunicação da ilha, Fidel continuou as críticas ao discurso de Obama na Assembleia Geral da ONU que, em sua avaliação, foi permeado por "incríveis contradições".

Para o cubano, "merece um prêmio" quem escutou "até o final" o discurso do mandatário norte-americano. "O resto de seu discurso são palavras vazias, carentes de autoridade moral e de sentido", disse

Em contraste, o ex-presidente da ilha elogiou o discurso feito na Assembleia pelo presidente da Bolívia, Evo Morales, e as "medulares" e "profundas verdades" que, em sua opinião, ele expôs em torno de temas como a crise capitalista, o papel da ONU e o conflito na Líbia, entre outros.

"Quase meio século se passou desde aquela ocupação brutal promovida e apoiada pelos Estados Unidos (na Palestina). No entanto, dificilmente se passa um dia sem que o muro se erga, monstruosos equipamentos mecânicos destruam casas palestinas e algum jovem caia ferido ou morto", disse Fidel.

Com estas considerações sobre a Assembleia Geral da ONU, Fidel, de 85 anos, retomou a publicação de suas "Reflexões", os artigos que começou a escrever enquanto convalescia da grave doença que o afastou do poder em 2006. A primeira parte do texto foi publicado pela imprensa cubana nesta segunda (26).

Com agências