Audiência debate Plano Municipal do Livro e da Leitura

A Câmara Municipal de Vitória (CMV) promoveu, nesta segunda-feira (19/09), às 17 horas, no Plenário Maria Ortiz, uma Audiência Pública com o tema “Plano Municipal do Livro e da Leitura (PML) – As políticas públicas do livro e da Leitura em Vitória”. O vereador proponente foi Namy Chequer (PCdoB).

Foram convidados para compor a Mesa de Honra do evento: o Prof. Eglair Carvalho Coordenador Geral dos Programas de Extensão da Área de Arte e Cultura Pró-Reitoria de Extensão do IFES; Orlando Lopes Albertino do Centro de Ciências Humanas e Naturais e Departamento de Línguas e Letras (Ufes); Raoni Huapaya, presidente do 3MGM – Instituto Experimental de Cultura; Alcione Alvarenga Pinheiro, secretário Municipal de Cultura; e Eduardo Valadares, coordenador da Rede de Bibliotecas Escolares de Vitória (RBEV).

O Vereador Namy Chequer a Audiência falando sobre a necessidade de estimular o hábito da leitura na população. “Nosso objetivo é debater as ações que estão sendo desenvolvidas e o Plano Municipal do Livro”, disse Namy. “Sabemos da importância do livro, quando ele é bem utilizado, para o fortalecimento cultural da população”.

Investimento – O coordenador da RBEV, Eduardo Valadares, representante da Secretaria Municipal de Educação (Seme), foi o primeiro debatedor, e abordou as ações desenvolvidas na rede pública tendo como referências as propostas do PML.

“Nosso foco de investimento atual é em recursos humanos”, disse ele. “Este ano vamos investir R$ 1 milhão, o que permitirá um aumento de cinco mil novos títulos no nosso acervo municipal. Mas é preciso capacitar os profissionais da leitura – bibliotecários, professores, entre outros –, para que esses livros sejam lidos efetivamente, cumprindo o objetivo principal de informar, educar e incentivar o hábito da leitura”.

Uma das estratégias para atingir esse resultado vem sendo o investimento na bibliotecas escolares. “As escolas participam do processo selecionando os títulos que vão ser comprados para seus acervos. Esse já é um primeiro passo para incentivar a leitura entre alunos e professores.

Biblioteca – O secretário municipal de cultura da PMV, Alcione Pinheiro, falou que, em breve, será inaugurada a nova sede da Biblioteca Municipal, no Palácio Domingos Martins. “Apenas essa atitude permitirá que o acervo aumente dos atuais 18 mil para 60 mil títulos”, informou. “Estão sendo investidos R$ 10 milhões na reforma”.

Alcione disse também que a secretaria desenvolve vários projetos. Alguns foram criados nas duas administrações, anteriores e mantidos pela atual gestão. É o caso do “Viagem pela Literatura”, “Pró-ler” e “Tempo de ler” – este último indicado especial para leitores idosos.

Orlando Lopes Albertino, do Centro de Ciências Humanas e Naturais do Departamento de Línguas e Letras (Ufes), ressaltou que é importante não confundir quantidade com qualidade. “Vivemos num mercado em que são lançados entre cinco e sete mil títulos anos por ano.

“Não se avalia um Livro pelo seu peso ou quantidade, mas pelo seu valor verbal”, disse Albertino. “A leitura deve se prazerosa, mas não podemos perder de vista o papel cultural da leitura. A criança não deve ser estimulada para ler apenas revistas em quadrinhos. O hábito de ler deve ser incentivado na escola e na sociedade e para isso o que mais precisamos é de recursos humanos capacitados. Este é sempre o investimento mais caro a ser feito, mas é o elo fundamental e mais precioso para criar e alimentar o interesse pela literatura”.

Novas tecnologias – O Prof. Eglair Carvalho, coordenador geral dos Programas de Extensão da Área de Arte e Cultura Pró-Reitoria de Extensão do IFES introduziu no debate a questão das novas tecnologias. “Hoje não se pode imaginar só o livro impresso. A leitura pode ser feita em várias mídias. As bibliotecas e escolas precisam se adaptar a essa nova realidade, o que reforça a necessidade da gestão de recursos humanos”.

Para Raoni Huapaya, o debate sobre o Plano Municipal do Livro e da Leitura é saudável, e a Audiência Pública cumpriu seu papel de abrir um canal de diálogo entre os vários setores envolvidos. “Este é um momento de reflexão sobre os vários mecanismos de agregação que contribuam para fomentar a leitura. É preciso que a sociedade e o poder público tracem metas e atitudes em comum.

Membro da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, Maria Neila Geaquinto participou do debate avaliando a importância da continuidade dos programas voltados para leitura. “A união do MEC e do Minc é uma boa retaguarda para o incentivo à leitura”.

A presidente do sindicato dos artistas, Verônica Gomes, pediu a todos os presentes que contribuam para que o contador de história seja reconhecido como profissional regulamentado. “Ele é fundamental para servir como ponte entre a criança e a biblioteca, e os artistas também podem contribuir através de leituras dramáticas”.

Encerrando o debate, Namy Chequer agradeceu a participação de todos. “É realmente necessário um esforço sistêmico para incentivar o hábito de ler, como um “SUS” da leitura. Vários setores estão envolvidos e acredito que nossa contribuição foi o ajuste de sintonias, no sentido de otimizar esforços”.

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Enviada por Marcelo Zumerle