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Livro apresenta primeiro personagem rapper dos quadrinhos

Nas proximidades dos 10 anos da revista Viração, o cartunista Márcio Baraldi, criador do nosso querido Rap Dez, lança este mês o livro Rap Dez: o primeiro rapper dos quadrinhos.
A publicação reúne episódios do personagem que saíram na revista Viração desde o seu início, em 2003.

O livro tem prefácio de Paulo Lima, fundador e diretor executivo da Viração Educomunicação, e do escritor Ferréz, além de depoimentos de diversos artistas do rap como DJ Hum, Rappin Hood, Xis, Toni C., e outras personalidades como os mestres das histórias em quadrinhos brasileiras Emir Ribeiro, Fernando Ikoma e Getúlio Delphim, além do jornalista Osvaldo Bertolino.

As histórias do Rap Dez são todas narradas em versos rimados, como um rap de verdade, sempre abordando temas em sua maioria sugeridos e escritos pelos adolescentes e jovens que participaram dos conselhos jovens da Vira (Virajovens), presentes em 22 estados e o Distrito Federal. Tudo com muito bom humor e energia positiva, típicas de Márcio Baraldi.

Nas 52 páginas coloridas do livro, o leitor que já conhece o rapper terá a oportunidade de reler suas opiniões e engajamento. E quem ainda não conhece o primeiro rapper dos quadrinhos, perceberá o caráter educativo de suas abordagens. Temas como direitos humanos, respeito à diversidade, desigualdade social, educação e responsabilidade social fazem parte do repertório do Rap Dez. É por isso que muitos professores, inclusive, usam suas tiras em sala de aula em algumas disciplinas.

"Ilustrações bem feitas, sacadas inteligentes que merecem destaque, pois retratam situações vividas pela juventude brasileira. Vida longa à Revista e aos quadrinhos de Baraldi, o Brasil precisa conhecer essa maravilha. Que venham os gibis e os almanaques", diz o rapper Rappin Hood sobre o trabalho de Márcio Baraldi e a Vira.

Paulo Lima destaca a relevância do personagem em diversas características: adolescente, afrodescendente e da periferia. "Ele é o primeiro personagem rapper da história em quadrinhos do Brasil. E arriscaria dizer que é o primeiro do mundo. Já rodei por tantos lugares desse mundão, conheço trocentas propostas de revistas para jovens e não encontrei algo parecido. Como o Rap Dez não tem igual em lugar algum. O sujeito é como uma espécie de Malfada brasileira. Assim como o personagem do hermano argentino Quino, Rap Dez tem um espírito rebelde, profundamente preocupado e ocupado com a humanidade e a paz no mundo."

Outro aspecto interessante do Rap Dez é o processo de construção dos roteiros. É elaborado de forma colaborativa, envolvendo adolescentes, jovens e o Márcio Baraldi. "O Rap Dez, sem dúvida, expressa a opinião de tantos jovens que se identificam com seu estilo e posicionamento crítico, mas quem nem sempre têm possibilidade de gritar para o mundo aquilo que sentem. Por isso, é tão especial e importante. Melhor: é tão original!", finaliza Paulo Lima.

Fonte: Viração