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Após estragos, furação Irene ainda apresenta riscos, diz Obama

Embora "Irene" tenha se transformado em uma tempestade tropical e se enfraquecido, continua sendo uma "tempestade perigosa" e seus riscos não terminaram, advertiu neste domingo (28) o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Em declarações dadas no Jardim da Casa Branca, Obama indicou que, entre outras questões, ainda há riscos de inundações, devido às cheias dos rios pelas chuvas causadas por "Irene", e mais pessoas podem ficar sem eletricidade, além das 4,5 milhões que já tiveram o fornecimento de energia cortado.

O presidente, que fez um pronunciamento à imprensa acompanhado da secretária de Segurança Nacional, Janet Napolitano, e Craig Fugate, o diretor da Agência Federal para a Gestão de Emergências (Fema, na sigla em inglês), ressaltou que o impacto de "Irene" "será notado ainda durante um tempo".

Os trabalhos das equipes de assistência ainda se prolongarão por semanas, acrescentou o presidente, que não respondeu perguntas dos jornalistas.

"As contínuas chuvas podem ter impactos, inclusive, em locais bastante distantes do centro da tempestade", advertiu Obama, após reiterar que "Irene" "continua sendo uma tempestade perigosa e ainda está causando fortes chuvas".

"Irene", que tocou a terra no sábado na Carolina do Norte como furacão de categoria 1 na escala de Saffir-Simpson, cujo máximo é cinco, e que neste domingo passou por Nova York já transformada em tempestade tropical, causou pelo menos 14 mortes nos estados de Connecticut, Carolina do Norte, Flórida, Nova Jersey e Virgínia.

Ao longo das últimas horas, em sua passagem ao longo de Nova Inglaterra, no nordeste do país, "Irene" continuou perdendo força e seus ventos são agora de 80 km/h, frente aos 140 km/h com os quais entrou na Carolina do Norte.

Danos

O governador do Estado de Nova Jersey disse que os estragos do furacão Irene devem chegar a bilhões de dólares ao longo da costa Atlântica e dentro do continente devido a enchentes.

"Imagino que os estragos devam chegar aos bilhões de dólares, se não em a dezena de bilhões de dólares", disse Chris Christie numa entrevista ao programa televisivo "Meet the Press", da cadeia "NBC".

Ele afirmou que a contabilização dos prejuízos deveria começar no domingo à tarde ao longo da costa, mas acrescentou que os danos causados nas áreas mais afastadas da zona costeira não ficariam claros até que a água nas áreas alagadas baixasse, o que poderia levar até terça-feira.

Mais de 50.000 pessoas estão sem energia elétrica neste domingo em Nova York. Os cortes de luz afetavam Bronx, Brooklyn, Queens e Staten Island. Nova York parecia uma cidade fantasma neste domingo, com ruas desertas por conta da ordem de evacuação e dos serviços de transportes suspensos.

Mortes

Uma pessoa morreu no estado de Connecticut em um incêndio em sua casa, causado, aparentemente, pela queda de fios da rede elétrica, segundo o governador do estado, Dan Malloy.

Em Nova Jersey, uma mulher morreu ao ficar presa em seu veículo em uma inundação, enquanto no estado de Maryland outra mulher perdeu a vida após uma árvore cair sobre sua casa.

Duas pessoas morreram no litoral da Flórida arrastadas pela correnteza e na Virgínia, um dos primeiros Estados a sofrer os efeitos do furacão, quatro óbitos foram registrados, todos eles relacionados a queda de árvores.

O Estado onde há o maior número de vítimas até o momento, cinco, é a Carolina do Norte, onde Irene tocou a terra no sábado como um furacão de categoria 1 na escala de Saffir-Simpson, de um máximo de cinco.

O olho de Irene atingiu uma área perto de Coney Island, na cidade de Nova York, "com ventos máximos sustentados de 100 km/h por volta das 9h do horário local (10h de Brasília)", indicou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês), em um boletim especial.

Fonte: Efe