Estudantes saíram às ruas de Belém em defesa da educação

Com muita palavra de ordem e animação os estudantes além de defenderem a educação, o movimento pautou o fim da lei Kandir e a necessidade de eleições diretas para diretor nas escolas. Também a secretária estadual de educação e o governador do Pará, foram muito criticados pela postura autoritária e sua política antidemocrática, que acabou com as eleições diretas para diretor nas escolas do estado.

A passeata teve inicio em frente da escola Ulisses Guimarães na Av. Jose Malcher seguindo pelas ruas do centro de Belém. O movimento exigiu mais investimento na educação e mais democracia nas escolas.

“O ato, que chamamos de “movimento estudantil em defesa da educação Paraense”, é extremamente importante não só pelo mês de jornada de lutas no país, mas por mostrar que mesmo com o pior índice da educação básica(IDEB), o Pará tem estudantes que não estão calados. Nos fechamos as ruas, demos gritos de ordem, mostramos para o povo que é possível lutar pelas melhorias que queremos e principalmente, nossos jovens tem a sede de construir um Estado melhor” afirmou Tamara Figueredo, presidente da UAP.

Para o vice presidente norte da UNE, Rafael Costa: "O dia 24/08 marca a retomada das lutas estudantis que sempre foram travadas no estado do Pará. E isso acontece num momento importante, aonde os jovens vêm se levantando ao redor do mundo, derrubando presidentes, como no Egito, e colocando centenas de milhares de estudantes nas ruas para pedir mais verbas para a educação, como no Chile. No Brasil e no Pará não será diferente. E a UNE e a UBES são protagonistas dessas mobilizações por todos os cantos do país. É 10% do PIB pra educação! É 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a educação!"

Segundo Cleiton Costa, diretor da UBES; As eleições diretas para diretor foi uma conquista da UBES e UNE e aqui no estado com o apoio dos movimentos sociais ligados a área da educação. “Não podemos deixar um governador antidemocrático, tirar esta conquista porque isso é retroceder no processo democrático.

Para Pedro Fonteles – presidente da UJS do Pará, o ato demonstrou uma grande unidade das forças políticas em torno das bandeiras gerais da UNE e da UBES, e reafirma a UJS como a maior, mais combativa e mais aguerrida organização política de juventude no Pará e no Brasil.
Segundo os dirigentes estudantis, essa manifestação foi apenas o inicio de uma série de atividades programadas pelos estudantes de Belém.

No caminho a manifestação parou em frente ao CIG centro integrado de governo; e os ativistas denunciaram as praticas do governo Jatene que tem atacado constantemente os direitos da juventude no Pará como: Projovem urbano, bolsa trabalho e casa da juventude, que foi conquistado no governo passado e instinto agora pelo governo tucano.

A manifestação foi encerrada na Praça da Republica. Esse ato demonstrou para a sociedade que o movimento estudantil está vivo e nas ruas lutando pelos seus direitos e por uma educação de qualidade.

De Belém,
Moisés Alves