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Kadafi desafia opositores e diz que seus aliados manterão reação

Em entrevista a uma emissora de rádio, o presidente da Líbia, Muamar Kadafi, disse ontem (23) que a saída do quartel-general foi uma "medida tática". Segundo ele, resta ao exército líbio vencer os rebeldes ou "morrer como mártir".

No mesmo momento em que concedia a entrevista, ataques com mísseis e tanques foram registrados na capital, Trípoli, e em outras localidades.

O paradeiro de Kadafi ainda é desconhecido. O pronunciamento ocorreu horas depois que contrarrevolucionários invadiram o complexo governamental de Bab al-Azizia – um complexo de edifícios símbolo do governo de Kadafi.

Na entrevista, reproduzida pela rede de TV Al Urubah (que está ao lado do governo de Kadafi), o líder líbio disse que seu quartel-general foi arrasado por 64 ataques aéreos realizados pelo Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan) – que bombardeia de forma incessante o território líbio desde meados de março e que já causou a morte da mais de dois mil civis, segundo dados do Ministério da Saúde líbio.

Em entrevista à emissora, o porta-voz do governo de Kadafi, Moussa Ibrahim, afirmou que Líbia se transformará em um "vulcão em erupção e uma chama sob os pés dos invasores".

Segundo Ibrahim, 6,5 mil voluntários entraram em Trípoli nas últimas seis horas, espalhando-se em todas as ruas de Trípoli. Ele disse que o governo controla 80% da capital.

Paralelamente, dezenas de disparos de mísseis e morteiros foram registrados em Trípoli, segundo relatos de testemunhas à rede de TV árabe Al-Arabiya. A mesma emissora informou que a cidade de Ajelat, a oeste da capital, foi alvo de ataques de mísseis e de tanques conduzidos pelos militares do Exército líbio.

Disparos de mísseis também ocorreram na cidade de Misrata, que estaria sob o jugo dos contrarrevolucionários, no oeste do país.

Com agências